Poder SP - Por Sérgio Quintella

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PM acusado de furtar orquídea foi condenado por ir a camarote no carnaval

Soldado Paulo Rogério Coutinho afirma ser alvo de perseguição por possuir tatuagens no rosto

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 jan 2024, 16h23 - Publicado em 3 jan 2024, 16h12
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  • Ricardo Nunes vestindo uma camisa social branca, com um fundo preto, enquanto fala com o público utilizando um microfone e aponta com o braço esquerdo na direção do público.
    Soldado "Demolidor": condenação por abandono de posto (Arquivo pessoal/Reprodução)

    O soldado da Polícia Militar Paulo Rogério da Costa Coutinho, alvo de um procedimento interno que poderá causar a expulsão da corporação (é acusado de furtar uma orquídea no quartel onde atua), já foi objeto de uma ação penal que resultou em condenação.

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    Conhecido nas redes sociais como Demolidor, o agente se diz perseguido pelos seus superiores por possuir diversas tatuagens, inclusive no rosto.

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    Enquanto responde a procedimento interno pelo sumiço da planta, o soldado recorre na Justiça Militar de uma sentença de nove meses de prisão, por abandono de posto, proferida em setembro do ano passado.

    Durante o carnaval de 2022 no Sambódromo do Anhembi, o policial estava escalado, juntamente com dois colegas, para revistar o público que veria os desfiles, mas o trio se ausentou do local entre 01h19 e 03h02. Durante o período, os três PMs permaneceram no interior do Camarote Brahma.

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    “Os réus deixaram de realizar o policiamento externo do Sambódromo, se omitindo quanto à função de garantir a segurança das pessoas e foliões por meio do policiamento ostensivo e preventivo a que foram designados, deixando de efetuar as revistas necessárias que lhes incumbiam”, diz um trecho da denúncia.

    A defesa de Coutinho disse que ele e seus dois colegas não tinham a missão de fazer a revista do público, que ficou a cargo de uma empresa privada. Além disso, alega que o soldado foi reconhecido no camarote e requisitado para fotos. “O meu cliente tem milhares de seguidores nas redes sociais e o público presente naquele local, reconhecendo-o, buscou com ele tirar  fotografias e conversar, o que atrasou a volta deles aos seus postos”, justifica o defensor, ressaltando que não houve prejuízo no trabalho da polícia, pois outros agentes estavam designados para permanecer nas entradas.

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    Para o juiz José Alvaro Machado Marques, no entanto, a conduta foi inapropriada. “O tempo que os acusados permaneceram fora de suas atividades no policiamento externo do evento demonstra cabalmente conduta dolosa. Não estavam preocupados com suas atividades ou com o patrulhamento a pé em prol da segurança pública. Estavam empenhados em outras atividades, estranhas às suas missões”.

    Após a sentença condenatória de Coutinho (nove meses de detenção em regime aberto) e seus colegas (seis meses, também no sistema aberto), todos receberam o direito a recorrer em liberdade.

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    Após o caso da orquídea ganhar repercussão nas redes sociais, o policial Paulo Coutinho, que possui dezoito anos de carreira e nega o furto, tem dito ser alvo de perseguições desde que começou a fazer as tatuagens, em 2018. As ações e o assédios, segundo o soldado, aumentaram três anos depois, quando fez os primeiros desenhos no rosto.

    A Polícia Militar nega qualquer tipo de assédio contra Coutinho.

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