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Poder SP - Por Sérgio Quintella

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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015

Julgamento de policiais paulistas presos em MG é marcado

Em outubro do ano passado, dez homens saíram de São Paulo e trocaram tiros com colegas mineiros

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 set 2019, 14h33
Rodrigo Castro Salgado da Costa
Rodrigo Castro Salgado da Costa, conhecido como "Doutor Selfie", está envolvido no caso (Reprodução/Facebook/Veja SP)
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A Justiça de Minas Gerais marcou para 27 de novembro, às 14h, o julgamento dos policiais paulistas que se envolveram em um tiroteio com colegas mineiros em outubro do ano passado. Nesse dia, os agentes da segurança pública paulista faziam escolta privada para um empresário chamado Flávio Guimarães, que foi ao estado vizinho trocar dólares por dinheiro brasileiro.

Segundo as investigações, após os agentes de São Paulo perceberem que os 14 milhões de reais usados na transação serem falsos, houve um tiroteio com policiais locais, que faziam a proteção particular, fora do horário de trabalho (ação conhecida como “bico”), para o responsável pelas cédulas ilegais. A ação resultou em duas mortes.

Entre os réus está o delegado Rodrigo Castro Salgado da Costa, 32, que atuava no Grupo de Operações Especiais (GOE), a elite da polícia. Nas redes sociais pessoais e da corporação, o jovem delegado costumava aparecer em ações de combate ao crime e de treinamento. Em várias fotos, ao ser clicado portando armas de grosso calibre, o profissional da lei recebia dezenas de elogios de mulheres. “Partiu ser presa”, disse uma uma internauta.

Em grupos de policiais no WhatsApp e no Facebook, a detenção de Costa dividiu opiniões. Enquanto uns criticam sua exposição em demasia e o chamaram de “Doutor Selfie”, outros colegas o defenderam e elencaram qualidades como capacidade e honestidade.

Em março deste ano, já em liberdade provisória, Costa processou o Estado para continuar recebendo salário de pouco mais de 11 000 reais. Obteve vitória, mas caso seja condenado em definitivo, poderá perder o cargo que ocupa.

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