Após prisão, “doutor selfie” processa o governo para receber salário
O delegado do Grupo de Operações Especiais (GOE) foi afastado do cargo no ano passado
Conhecido como “doutor selfie” por causa dos carões nas redes sociais, o delegado afastado do Grupo de Operações Especiais (GOE) Rodrigo Castro processa o governo do estado para receber seu salário de 11 074 reais. Ele foi preso em outubro do ano passado ao fazer a escolta de um empresário que levava o equivalente a 14 milhões de reais em notas falsas de dólar. Acabou solto em dezembro e responde a processo em liberdade.
Há uma lei estadual que suspende o pagamento de policiais civis presos. Mas a Constituição Federal proíbe a prática, porque ela equivale a uma condenação sumária. Segundo informações da assessoria da Secretaria de Segurança Pública, em novembro, uma liminar restabeleceu os pagamentos e, no último dia 6, o governo apelou da decisão. No meio da batalha, o “doutor selfie” apagou suas redes sociais. Procurado pela reportagem, não quis dar declarações.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 27 de março de 2019, edição nº 2627.