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Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

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O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha há dez anos. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos

Bartender de bar paulistano está em lista dos 100 mais influentes do mundo

Leia a entrevista com Márcio Silva, do Guilhotina, o único brasileiro do ranking

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Atualizado em 20 jan 2022, 14h25 - Publicado em 1 ago 2019, 18h58
Homem em uma cuba de bar transformada em banheira
O bartender Márcio Silva, do Guilhotina: o bartender do ano pela mais recente edição de VEJA COMER & BEBER (Leo Martins/Veja SP)
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A revista inglesa Drinks International lançou o ranking Bar World 100, que elenca as pessoas mais influentes do mundo na indústria de bares. O resultado foi divulgado na quarta, dia 31, e trouxe um único brasileiro entre os nomes. É o bartender paulistano Márcio Silva, do Guilhotina, em Pinheiros. Ele ficou na 36ª posição (leia a entrevista abaixo).

No guia COMER & BEBER, Márcio levou dois prêmios em 2017: bartender do ano e bar de drinques, pelo Guilhotina.

Além de bartenders, a Bar World 100 elencou entre os cem nomes produtores, empresários, embaixadores e escritores, espalhados em 41 cidades do planeta. A lista é resultado de uma enquete realizada com profissionais da mídia e também do mercado, que tiveram que indicar nomes que mudam positivamente o cenário global.

Guilhotina
O balcão do Guilhotina: onde são servidos alguns dos melhores drinques da cidade (Clayton Vieira/Veja SP)
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O 1º lugar ficou para Ryan Chetiyawardana, ou Mr. Lyan, bartender e empresário por trás dos estabelecimentos como o bar Super Lyan, em Amsterdã, e o Lyan Cub e o Lyaness Bar, em Londres.

Em um dia atribulado, depois de dar uma aula sobre história e cultura de bar na ABS (Associação Brasileira de Sommeliers), em São Paulo, Márcio reservou um tempo para uma conversa. Leia abaixo:

Márcio, de que modo você influencia o setor dos bares no Brasil e em outros países?
Cresci profissionalmente fora do Brasil, e isso me ajudou muito a alavancar minha imagem e a do Guilhotina no mundo. Há muito tempo, treino bartenders, e não só aqui no Brasil. Minha influência é sempre falar de humanização, de prosperidade e de como se tornar melhor pessoa sendo profissional de bar.

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É importante ter contatos no mundo todo?
Sim, é muito importante aumentar o leque de contatos. Sempre falo que, antes de ser uma indústria de bebidas, somos uma indústria de pessoas. O maior poder do bartender é o poder de comunicação. Esse mercado é movido pela comunicação e não por coquetéis. Os coquetéis são tipo a cereja do bolo. E o bartender de seu próprio país tem a responsabilidade de comunicar sua cultura no mundo.

Qual é a influência dos bares do Brasil no mundo e, em especial, na América Latina?
Estamos escrevendo uma história muito bonita, e o mundo está de olho em nós aqui no Brasil. Curiosamente, está havendo uma grande união de profissionais de bar em toda América Latina, e isso nos ajuda a fazer mais barulho.

Como premiações e rankings impactam seu trabalho?
Toda premiação é compartilhada com minha equipe e sempre sobe a régua de expectativas sobre a gente. Mas o melhor é que indica que estamos no caminho certo, independente de muitas opiniões contrárias.

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