Kurâ é o único izakaya da Vila Nova Conceição; leia minha crítica
A atmosfera de bar arrumadinho dá uma falsa impressão de lugar caro, mas a realidade é outra
Distante daquele modelo de boteco japonês antiguinho ao qual muitos paulistanos estão acostumados, o Kurâ Izakaya Contemporâneo tem uma cara mais atual.
Desde junho, ocupa a morada que foi do extinto Clos, do restaurateur Marcelo Fernandes, também responsável pela nova casa.
Uma grande vitrine separa a varanda do salão de pé-direito de mais de 5 metros, com parede de pedra e tecidos tingidos com a técnica japonesa shibori na decoração. Essa atmosfera de bar arrumadinho dá uma falsa impressão de lugar caro. Mas a realidade é outra, ainda bem.
Os bons acepipes do chef Ken Tanaka, que se divide entre o izakaya e o quase vizinho restaurante Kinoshita, trazem preços agradáveis ao orçamento.
A petiscagem pode começar com a salada de batata com maionese (R$ 5,81) ou nos espetos, entre eles o de abobrinha grelhada com purê de maçã verde (R$ 3,81) e o de quiabo empanado e crocante ao molho de tonkatsu (R$ 4,81).
A carne suína surge em pedidas como a pancetta grelhada na tigela com arroz e conserva de acelga apimentada coreana, o kimchi (R$ 22,81).
A linha de udons, os macarrões grossos de trigo, foi criada pelo consultor Yoshio Mizumoto. Uma versão insólita — e saborosa — é a carbonara (R$ 25,81). Não se trata da receita romana, mas não é que funciona? A massa é envolta em um untuoso molho de gema, pancetta, queijo grana padano, creme de leite e cogumelo eryngui.
São quinze as opções de saquê em garrafa. Para quem quer só uma taça, há o Hakushika Tokusen Junmai, que custa R$ 36,81. Bem leve, o drinque aka oni (R$ 26,81) agrega shochu com infusão de tomate, pepino, sal e club soda.
Uma curiosidade: o final 81 dos preços não é mero acaso — é o código telefônico do Japão.
Avaliação: BOM (três estrelas)
Confira o cardápio:
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