Varanda Blue, o novo bar com vista para a Avenida Paulista
Instalado no Conjunto Nacional, espaço é dos mesmos donos do Blue Note, mas com funcionamento independente
Ouvir um som na filial paulistana do Blue Note, por onde já passaram Stanley Jordan, Robert Glasper, Macy Gray e Guilherme Arantes, costuma ser uma experiência feliz. São muitos “checks” dados na lista de atributos: programação sortida, acústica nos trinques, cardápio bem montado, conforto no ambiente para até 350 espectadores… Só um ponto se mostrava dissonante na casa de shows de origem nova-iorquina: a varanda com vista para a Avenida Paulista, instalada numa locação tão nobre como o Conjunto Nacional, parecia subaproveitada — os olhos e ouvidos do público se voltam apenas ao salão principal, onde rolam as apresentações. Mas isso pode mudar.
Do ano passado para cá, esse ambiente recebeu um deque e um teto retrátil para que pudesse ser povoado por um público maior. Na última semana, passou a ter também mais mesas, totalizando uma capacidade para 180 clientes. Ganhou, enfim, vida própria, e um nome: Varanda Blue. Em testes desde segunda (20), o ambiente, agora de funcionamento independente, começa a operar oficialmente nesta sexta (31).
“O espaço antes era um anexo”, explica Flávio Pinheiro, sócio da casa ao lado de nomes como Luiz Calainho e, na amarração paulistana, Facundo Guerra e Cairê Aoas. “Agora, temos de fato um espaço com dinâmica de bar na área externa.” A varanda continua a receber quem chega mais cedo para os shows e quem quer fazer uma hora depois das performances, mas agora a vinda de um público sem tíquetes, que quer apenas beber e petiscar, é incentivada.
Funciona de terça a sábado, do meio-dia à 1h30 (de segunda a sexta, o cardápio segue só de almoço, entre 12h e 15h30, e aos domingos só de brunch, entre 10h e 17h, com exceção deste dia 2, de Parada LGBT+). O menu mastigável é uma amostra enxuta do cardápio do Blue Note, e não deixa de lado pratos das antigas como o filé à diana e petiscos como croquete de carne, pastéis e dadinhos de tapioca.
Recém-lançada, a lista de drinques da bartender consultora Michelly Rossi, do Bar dos Arcos, é oferecida nos dois espaços, com misturas como o carmen (cachaça branca, Porto tawny, xarope de especiarias, suco de limão e hibisco). Sobre a trilha sonora, o som ali fora é ambiente. Só esporadicamente vão rolar sessões de apresentações, intimistas.
Quem manda no som segue sendo o Blue Note, que mantém a programação pulsante.
Publicado em VEJA São Paulo de 31 de maio de 2024, edição nº 2895
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