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Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

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O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha há dez anos. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos
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Conheça a nova Liberdade, com comidinhas surpreendentes, cafés temáticos e lojas pop

Como o bairro se tornou um dos mais fascinantes de São Paulo, rejuvenesce e atrai crescentes multidões de turistas

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14 jun 2024, 06h00
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Fachada Restaurante Chens visto da Rua dos Aflitos  (Roberto Setton/Veja SP)
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A Liberdade é um sucesso eterno. Deixou de ser só um reduto asiático para se transformar no mais pop dos bairros paulistanos e em constante mutação. Apinhada de gente, sobretudo nos fins de semana, a região continua a receber turistas que visitam os ícones de sempre, como o Jardim Oriental com lago de carpas ao lado da Avenida 23 de Maio e as festas típicas, caso do Tanabata Matsuri, ou Festival das Estrelas, agendado para 6 e 7 julho.

Esse fluxo de visitantes cresceu e tem ficado mais jovem. Muitos desses curiosos afoitos por novidade fazem fila nas portinhas culinárias que têm virado hit no Instagram e no TikTok por criadores de conteúdo com o espírito “achei um lugarzinho escondido na Liberdade” ou “você já comeu essa descoberta (por vezes nada nova) que encontrei ali?”.

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O público que circula pela feira na Rua Galvão Bueno (Roberto Setton/Veja SP)

Um passeio pelo bairro pode começar na saída da Estação Japão-Liberdade, que dá para a Praça da Liberdade. O logradouro foi rebatizado de Liberdade África-Japão para resgatar a memória negra da região, a partir de um projeto de lei municipal sancionado em junho de 2023. Apesar da fama de bairro oriental, a área tem um passado de raízes africanas.

Um dos símbolos dessa época é a Capela dos Aflitos, do século XVIII, que fica em um antigo cemitério de escravizados e indígenas. No fim de 2022, a prefeitura anunciou um concurso para escolher o projeto do Memorial dos Aflitos, a ser montado num terreno ao lado, onde, em 2018, foram encontradas ossadas do tempo da escravidão. O plano está em andamento (apesar de impasses com movimentos sociais), de acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, assim como o estudo arqueológico para o local — após a aprovação do projeto executivo, será realizada a licitação para a obra.

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Rua dos Aflitos com Igreja dos Aflitos ao fundo (Roberto Setton/Veja SP)

A ocupação asiática se iniciou no século XX, com a chegada dos primeiros imigrantes do Japão — os 116 anos da imigração japonesa são comemorados em 18 de junho. Nos anos 70, na mesma década da chegada do metrô, foram instalados os típicos postes de lâmpadas que remetem ao país do Extremo Oriente, embora outras comunidades asiáticas já fizessem parte do cenário.

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Passeio inescapável, a Feira da Praça da Liberdade começou a ser montada ali nesse período, em 1973, e foi formalizada em 1975. Esse mercado aberto ocorria apenas aos domingos e, devido ao sucesso, começou a ser montado também aos sábados na década passada. O ar de novidade está por todo lado. Mesmo em uma visita à feira, que é o mais clássico dos rolês, são encontradas surpresas. “Eu só fazia o bolinho recheado de feijão. Desde novembro, já tenho a variação de chocolate e goiabada”, conta Silvia Nomoto Maeda, à frente do estande do doce conhecido como imagawayaki.

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Movimento na Praça da Liberdade (Roberto Setton/Veja SP)

Ao redor dela, o público se acotovela para comprar nas barracas de yakissoba, tempurá, lámen e acarajé (não, você não leu errado), entre tantas outras. Isso antes ou depois de visitar a área destinada ao artesanato, com colheres de bambu, tricôs, bonsais e que tais. “Estimamos que num fim de semana o bairro receba quase 15 000 pessoas”, calcula Tsuguo Kondo, presidente da Associação dos Expositores da Feira da Praça da Liberdade.

O agito das barraquinhas foi se disseminando pelas imediações até culminar no fervo de hoje. “Formigueiro humano” e “é fila em todo lugar” são frases corriqueiras entre os visitantes. “Evito ir aos fins de semana”, costumam dizer os habitués mais antigos. Dos mais de quarenta empresários, trabalhadores e moradores da região entrevistados pela reportagem, foi unânime a constatação de que o número de visitantes aumentou — e muito — por ali nos últimos dois anos. A percepção entra em consonância com os números divulgados pela prefeitura: em 2023, a capital recebeu mais de 15,6 milhões de turistas — quase 90% deles do próprio Brasil —, 1,7 milhão a mais que no ano anterior.

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Confluencia da Praça da Liberdade, com a Rua Galvão Bueno e a Rua Dos Estudantes: turistas, ambulantes e performers aparecem em peso aos fins de semana (Roberto Setton/Veja SP)
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Em outubro, a Subprefeitura da Sé implantou na região o Programa Ruas Abertas Liberdade, que reserva parte das ruas dos Estudantes, Américo de Campos e Galvão Bueno para a circulação exclusiva de pedestres, além de toda a extensão da Rua dos Aflitos. As mudanças na rota acontecem apenas aos domingos e feriados, entre 9h e 16h. Nos sábados, também com um afluxo imenso de pessoas, o tráfego de veículos não é limitado ali, e não raro rolam rusgas entre motoristas e pedestres. Outra mudança que foi indiretamente intensificada com o programa foi o aumento de ambulantes, principalmente aos domingos, como apontam (e reclamam) muitos empresários da área.

Mais ambicioso, outro projeto da prefeitura para a região é o Esplanada Liberdade, uma laje que ligaria três viadutos sobre a Avenida Radial Leste para “expandir o potencial turístico, gastronômico e comercial do bairro”. Foi aberto em 2022 um Processo de Manifestação de Interesse para a elaboração de estudos de viabilidade operacional e econômico-financeira, que estão em análise.

As novidades podem ser sentidas principalmente na comida vendida ali, a maior vocação da Liberdade. Se nas últimas décadas reinava a dualidade restaurantes tradicionais japoneses e chineses versus os quitutes da feira, agora também entra nesse mix a onda de pequenas lanchonetes especializadas em guloseimas com algum grau de surpresa, em portinhas para pegar e levar.

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Fotos do sorvetão (Doce Chinês gigante) Bubble Waffle (Roberto Setton/Veja SP)

É o caso do stick dog (de 8 a 15 reais), hot dog de inspiração coreana em uma massinha empanada no palito, do DogKebi, vendido ali desde 2023; dos bolinhos de arroz em formato triangular e com recheios como costela ao missô embrulhados em alga (16 reais), do Kokimo Food, que serve esses oniguiris desde 2022; e do biscoitão crocante de farinha de arroz com polvo inteiro “prensado” (25 reais), do Ika Senbei, surgido em março.

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Para beber na confluência da Rua dos Estudantes com a Rua da Glória, onde se concentra boa parte das gulodices, o Cana Mania vende garapa frozen a partir de 20 reais o copo desde setembro passado. No início, o negócio teve uma vida breve no distante Mercado Municipal de Santo Amaro. “Queríamos ir a um bairro que tivesse novidade. Tudo o que surge lá fora chega aqui primeiro”, diz Bruno Gushiken, um dos fundadores.

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Na Rua Dos Estudantes, Cana Mania faz a garapa frozen (Roberto Setton/Veja SP)

Vizinho a ele, o Power Pop ficou famoso ao vender cachorro-quente com yakissoba no pão colorido (a partir de 18 reais). “Esses (recentes) empreendimentos acabam trazendo essa jovialidade”, diz Ricardo Sesoko, responsável pelo sanduíche.

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Na Rua Dos Estudantes, Power Pop tem comidinhas para sair consumindo enquanto caminha (Roberto Setton/Veja SP)

Lá perto fica o bombado We Coffee, famoso por outro hot dog, o doce, de morango e no pão cor-de-rosa recheado de creme e pedaços da fruta, servido em um ambiente com um quê futurista. As filas da doceria podem chegar a até 2 horas, mesmo com a expansão da rede em bairros como Jardins e Vila Nova Conceição.

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Na Rua Dos Estudantes, a Coffe Stacion 89 (Roberto Setton/Veja SP)

Na mesma Rua dos Estudantes desde 1998 (entre 1996 e 1998, funcionou na Rua da Glória), a Yoka, famosa pelos ótimos pastéis, foi modernizada com um totem de pagamento e um salão mais clean e com mais espaço. “O público dobrou, de um ano e meio para cá”, estima a proprietária Luiza Kazuko Yokoyama.

Os preços das comidinhas, menores que nos restaurantes, ajudam na popularização. “Ultimamente tem vindo muito público da periferia, de todos os extremos da cidade”, observa Renato Ferreira Sousa, que se fantasia de Pikachu todo fim de semana para ganhar a vida interagindo com o público. Ele começou nessa função como o personagem Ultraseven, num distante 2016. “Ficou mais acessível e dá para passar o dia aqui com 50 reais.”

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Na Rua Dos Estudantes, o oniguiri da Kokimo Food (Roberto Setton/Veja SP)

Apesar da concorrência, os restaurantes, pelos quais o bairro se tornou conhecido, continuam cheios. A Rua Thomaz Gonzaga, pequena via entre a Rua Galvão Bueno e a Avenida da Liberdade, virou o grande destino. À noite, as típicas luminárias dos postes vermelhos iluminam a rua tal qual as fachadas e os neons dos estabelecimentos. A caminhada pelas calçadas é atrapalhada pela clientela que espera um lugar nos salões.

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Rua Tomás Gonzaga,à noite (Roberto Setton/Veja SP)

Embora clássicos continuem lá, caso do Sushi Yassuh, nascido em 1972, são os endereços abertos da pandemia para cá que imantam a freguesia. No Udon Jinbei, por exemplo, é raro não ter espera. Aberto em 2021, o endereço disponibiliza uma lista para que o cliente deixe seu nome, e o pedido é feito na calçada mesmo, para agilizar o processo. Distrai a espera uma vitrine virada para a rua, através da qual se assiste ao preparo dos fios de macarrão.

As massas também são especialidades de outras casas vizinhas, o Ikkousha e o Lamen Kazu, dedicadas ao lámen. Também está nessa via desde 2021 o Curry’s Culinária Indiana, oferecendo pratos típicos do país de Gandhi, adicionando mais uma camada de Oriente a esse bairro de muitas nações.

“A culinária asiática foi se tornando mais popular”, observa Michelle Guo, diretora de marketing do Grupo Marukai, fundado pelo pai dela, o taiwanês Johnny Guo, morto em dezembro passado. “E a Liberdade está no hype, todo mundo quer estar aqui.” A companhia, que acaba de ganhar um “braço” cultural, com cursos e workshops, agrupa o supermercado Marukai, que faz 25 anos em setembro, os restaurantes Itiriki e Momo Lamen, a loja de conveniências Maruso e a doceria 89ºC Coffee Station, todos concorridos e muito próximos.

O público recém-chegado, que divide o espaço com os clientes das antigas, lotam os mercados bem iluminados e refrigerados (contra as vendinhas simplórias de décadas atrás) em busca de produtos muitas vezes considerados “exóticos”. Alguns “blockbusters”? Maionese japonesa, macarrões instantâneos amados pelos “dorameiros” (público que assiste às novelinhas sul-coreanas) e a mamadeira de leite fermentado, tomada direto no bico por marmanjos. Na última semana, o produto estava esgotado em muitas mercearias. “Outro dia, chegaram três lotes e não duraram três dias!”, disse a caixa de um mercado, um tanto incrédula.

O tradicional natto, soja fermentada, “babenta” e de cheiro intenso que inspirou uma trend no TikTok, também está bem cotado. “As equipes das lojas falam que nunca viram na vida tanto natto sair assim para ‘ocidental’”, contabiliza Michelle.

Nos mercados também são muito populares os itens temáticos de personagens, sobretudo por causa desses neofãs da Liberdade. Na loja Lulu Candy, aberta em setembro de 2023 com uma extravagante fachada, doces e salgados coreanos, japoneses e chineses, como os pirulitos do Pokemón e os refrigerantes dos personagens do Dragon Ball, fazem brilhar os olhos dos pequenos.

A uma curta caminhada dali, muitas crianças são seduzidas também por uma personagem cinquentona, a Hello Kitty, que reina como tema de três unidades da lanchonete Eat Asia — juntas, recebem 32 500 clientes por mês. “Antes, os pais traziam os filhos para cá. Hoje é o contrário”, observa Roberto Takamoto, vice-presidente da Associação Cultural Assistencial Liberdade (Acal). Os mais crescidinhos costumam se reunir em grupo, e não raro passeiam com uma garrafa de soju (destilado coreano) nas mãos.

Dentro ou fora desse vuco-vuco, é possível encontrar restaurantes coreanos, tailandeses e filipinos, muitos deles ainda com aquele ar de mistério. O trecho da Rua da Glória mais próximo à Praça João Mendes fica apinhado de endereços chineses. Na confeitaria Mr. Right, são vendidos minibolinhos com recheio de cream cheese e bebidas como o chá com leite e feijão-azuki num salão onde crianças correm enquanto os pais tomam café.

Com uma mescla maior de visitantes fora da colônia, o Figueirinha tem um salão ainda mais amplo, onde os garçons já sugerem a “forasteiros” as guiozas mais conhecidas, mas não desencorajam os mais curiosos que querem provar um bucho bovino levemente picante.

Quem se afasta do “fervo” da Galvão Bueno, que se concentra sobretudo entre a Praça da Liberdade e a Rua Barão de Iguape, vê um outro movimento se configurar. Longe de ser silencioso, um clima menos frenético impera, e os estabelecimentos gastronômicos ficam mais rarefeitos. Açougues, mercadinhos menores, lavanderias e barbearias se desenham no espaço.

Mas, inquietos, os turistas estão por todos os lados. Aparecem no número 580, por exemplo, para visitar o Chest of Wonders Maid Café, onde são atendidos por pessoas vestidas como empregadas da Era Vitoriana, como se tivessem saído de desenhos animados ou histórias em quadrinhos.

Para além dos mercados de alimentos, cafés e restaurantes, a Liberdade também é um centro de consumo. A Rua Galvão Bueno é procurada por quem gosta de quinquilharias, utensílios de cozinha e produtos de beleza e cosméticos.

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Fotos de produtos no Sogo Plaza Shopping (Roberto Setton/Veja SP)

A Ikesaki, fundada por Hirofumi Ikesaki (1927-2022), é considerada a mais antiga loja de produtos de beleza do Brasil, em funcionamento desde 1964. Ali perto, a galeria Sogo Plaza Shopping é buscada por cosplayers, aqueles que se vestem como personagens e desfilam a caráter com madeixas coloridas e peças de roupas que raramente são vistas fora dos mangás.

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Detalhes de Cosplays pelas ruas da Liberdade (Roberto Setton/Veja SP)

Perucas, apliques e fantasias são encontrados em algumas lojas, em meio a outras dedicadas aos quadrinhos nipônicos, aos objetos temáticos de k-pop, bonecos e até sex shops. O centro de compras tem uma saída para a Avenida da Liberdade, onde acaba de abrir a Pink Inc, loja com 22 máquinas de caçar ursinhos de pelúcia e outros itens. Um misto de shopping com “jogatina”.

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Bottoms no Sogo Plaza Shopping (Roberto Setton/Veja SP)

Quase escondida na Rua dos Aflitos, pertinho da confluência dos quitutes, fica a Cápsula Shop, uma das lojas mais populares da região, onde dá para comprar de camisetas e moletons a panos de prato — com estampas divertidas, além de acessórios. As referências são memes, música brasileira ou internacional, personagens de filmes… Com espaço físico aberto em 2021, a loja em si é um ponto de atração, com cenários instagramáveis.

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Área instagramável da loja Cápsula na Rua dos Aflitos (Roberto Setton/Veja SP)

A piscina de bolinhas rosa e as nuvens cenográficas com o neon “sem tempo ruim” estão entre os hits. “Tem gente que vem só tirar foto, e tá tudo bem”, conta a proprietária Mariana Folego, que observa um público muito jovem. “Mais de 50% dos nossos clientes são turistas no fim de semana.”

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Loja Cápsula na Rua dos Aflitos (Roberto Setton/Veja SP)

Se precisar recompor o fôlego, é possível dar uma passada no Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil. Nesse espaço fica o Sato Cinema, aberto há cerca de um ano, com programação temática. O horário de pico de uma visita à Liberdade vai do fim da manhã ao início da tarde.

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(Veja SP/Veja SP)

Quando a noite cai e o movimento arrefece, alguns dos problemas da região vêm à tona. O cheiro de lixo e de urina no entorno da Praça Liberdade África-Japão é forte. A sensação de insegurança foi outra questão levantada por moradores e comerciantes do pedaço. São pontos de atenção em um bairro cada vez mais bombado.

De acordo com a Secretaria Municipal das Subprefeituras, na última segunda (10) foi iniciada a Operação Praça da Liberdade, que vai intensificar os serviços de zeladoria no entorno dela e ampliar as ações de conscientização ambiental. Para um futuro próximo, a segunda etapa do Ruas Abertas Liberdade prevê a execução de obras permanentes para aumentar os espaços de lazer, fortalecer o comércio local e reduzir o impacto ambiental. São ajustes que devem deixar o nosso bairro ainda mais atraente.

Publicado em VEJA São Paulo de 14 de junho de 2024, edição nº 2897

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