Bar da Adelaide serve chope e petiscos de boteco na Vila Leopoldina
A casa de Jaú (SP) ganhou uma arejada unidade com cardápio incrementado, tocada pelo ex-funcionário de um tradicional grupo de gastronomia
Novo na Vila Leopoldina, com fila de espera mesmo no início da semana, o Bar da Adelaide é um lugar à moda antiga. Mas nem tanto.
A filial dessa marca nascida em 2017 em Jaú, no interior do estado, lembra os chamados botecos chiques, que foram um fenômeno da capital paulista no fim dos 90 e início dos anos 2000 e que homenageavam outros botequins (esses, sim, velhuscos).
O pioneiro dessa febre foi o Original, da Cia Tradicional de Comércio, grupo para o qual o hoteleiro Natanael Bertholo Paes trabalhou por dezessete anos, de assistente de operações a gerente de marcas.
Ele deixou a empresa em setembro e aceitou o convite do amigo Eduardo Campanhã, o Du, fundador do Adelaide, para ser sócio da casa paulistana.
Função quase em desuso, mas que ainda resiste nos tais botecos chiques, o passador de chope tem vez. Os do bar, que rodopiam sem parar com a bandeja cheia de copos (Brahma, R$ 10,50), são muito mais velozes que os outros garçons, que custam a atender o freguês — nesses primeiros dois meses de operação, o serviço ainda se mostra um tanto bagunçado.
Se você não quiser chope, há cerveja long neck (a partir de R$ 12,50) e tragos mais fortes. A caipirinha de sal (R$ 29,00), com limão-taiti e sal rosa do himalaia, coada, lembra mais uma batidinha de feijoada, e não faz feio.
A cozinha também se mostra azeitada, com novidades em relação à unidade do interior. Há petiscos dos bons como pastel de pancetta curada, muçarela e tomate picado (R$ 36,00, seis unidades) e croquete de vaca atolada (R$ 39,00, seis unidades), variação na forma de acepipe do clássico mineiro de costela bovina com mandioca.
Com muita presença de sabor, o arroz de suã (R$ 45,00), úmido e com pedaços de lombo ao redor do espinhaço de porco com pimenta-biquinho, é camuflado por um ovo frito por cima e tem um salzinho no limite, o que pede uma bebida para “lavar” a boca.
Às sextas, são servidos espetinhos na grelha (R$ 13,00 o de alcatra). O lugar pontua bem também no ambiente. Não necessariamente na decoração, mais genérica, mas pelo fato de estar numa esquinona arejada, com parte das mesas ao ar livre, em frente a uma praça. Esperta, a vizinhança já descobriu esse espacinho de relax.
Avaliação: BOM (✪✪✪)
Bar da Adelaide
Rua Carlos Weber, 1750, Vila Leopoldina, telefone e WhatsApp 97659-0326. Tem acessibilidade. Tem retirada.
Das 17h às 0h (sexta e sábado a partir das 12h; domingo 12h às 19h; fecha segunda).
Instagram: @bardaadelaide.
Confira o cardápio:
Publicado em VEJA São Paulo de 15 de dezembro de 2023, edição nº 2872
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