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Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha há dez anos. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos
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Bar do Juarez serve uma das picanhas mais famosas da cidade – vale pedir?

A rede com cinco endereços em São Paulo serve a porção de carne para ser grelhada pelo cliente. Saiba quanto custa e como ela vem à mesa

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 jul 2022, 11h46 - Publicado em 15 jul 2022, 06h00
A imagem mostra uma bandeja com pedaços de picanha em cima de uma mesa com o pano verde.
Salão do novo endereço na Zona Leste: clássicos como a picanha serão servidos (Leo Martins/Veja SP)
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A picanha do Bar do Juarez é quase um clássico paulistano. As cinco unidades da rede vendem, juntas, mais de 1,5 toneladas da carne por semana! (Leia aqui a reportagem de capa que fiz sobre a trajetória do dono, Juarez Alves.) Se você já foi a um dos endereços (Moema, Campo Belo, Itaim Bibi, Pinheiros ou Mooca), deve ter provado a afamada porção ou, no mínimo, sentindo o aroma da mesa ao lado. Fazia um tempo que não a pedia, então, em minha mais recente visita, resolvi exercer meu lado carnívoro.

Visitei a unidade da Mooca, a mais recente, que lembra as outras casas do grupo (piso com jeito de antigo, salões amplos, varandas atraentes…), e solicitei o tal do corte.

 

Prato com carne crua
(SY/Veja SP)

Aí a picanha chegou

A peça, que tem em média 600 gramas, é recomendada para ser partilhada em dois. Vem à mesa crua, em fatias finas salpicadas de sal grosso e alho, num prato de metal previamente aquecido. O garçom dispõe um réchaud na mesa e acende o fogareiro. Em cima, vai a chapa de metal, que ele rega com um pouco de azeite e passa um pedaço de gordura da carne. Solta aquela primeira nuvem de fumaça, que vai fazer parte de toda a refeição. Prepare-se para sair do bar com um perfume de bifinho, tá?.

O funcionário pergunta: “quem vai ser o churrasqueiro?”. O “felizardo”, no caso, fui eu. Ele estendeu o pegador e me deu o instrumento.

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Dando uma de assador

Fui pescando as fatias e as colocando no réchaud, controlando o tempo de cada minibife e servindo meus companheiros de mesa. Eu, que prefiro a carne vermelhinha, a deixava só alguns segundos no calor. Para quem gostava de um churrasco esturricado (afe!), eu tomava conta para grelhar mais alguns minutos. Só cuidado para não queimar, o.k.?

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É muita coisa para administrar!

A experiência me lembrou um pouco a do churrasco coreano, de sentar em volta de um fogão e preparar a carne na mesa. Mas o sabor, é claro, é muuuito diferente

A imagem mostra um salão interno do bar do Juarez.
Bar do Juarez: ambiente nostálgico (Leo Martins/Veja SP)

As companhias

De guarnição, são servidos pão italiano, alho frito e tigelas de vinagrete, salada de repolho e farofa. O Bar do Juarez já foi mais generoso. Os potes, antigamente, vinham cheios. Na minha visita, apareceram com o conteúdo na metade. Se, no passado, três pessoas comiam tranquilamente a porção, hoje, eu aconselho: se estiverem com muita fome, solicitem guarnições extras.

 

Valeu?

Carne grelhada não tem muito erro, principalmente combinada a um chopinho. Mas você tem que ter disposição de 1) pagar 156,90 reais pela pedida, 2) ficar meio esfumaçado no programa e 3) topar ser o/a churrasqueiro(a) da vez. Ou seja, se você está com bolso cheio, tem um perfuminho na bolsa e gosta de por a mão na massa (ou na carne), vá em frente. Caso contrário, peça um sanduichinho e seja feliz.

 

Para ficar por dentro do universo dos bares e da gastronomia, siga @sauloyassuda no Instagram e no Twitter.

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