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“Traga-me a Cabeça de Lima Barreto”: o pensamento do escritor e o racismo

Protagonizado por Hilton Cobra, o monólogo de Luiz Marfuz joga luz na trajetória do escritor carioca de forma criativa e sintonizada com os dias atuais.

Por Dirceu Alves Jr.
19 jul 2018, 18h36
Hilton Cobra (Valmyr Ferreira/Divulgação)
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Se um século depois Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915) se impôs como um clássico do romance pré-modernista, não foi bem assim quando seu autor, Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922), circulava pelo Rio de Janeiro. Protagonizado por Hilton Cobra, o monólogo Traga-me a Cabeça de Lima Barreto, de Luiz Marfuz, joga luz na trajetória do escritor carioca de forma criativa e sintonizada com os dias atuais.

+ “Agosto” e o teatro em sua essência.

A ação se desenvolve através de uma interessante alegoria e estabelece conexões com a herança racista e o processo de eugenia pregado no começo do século passado. Um tribunal se reúne para analisar o cérebro do ficcionista, que também ganhou a vida como jornalista e funcionário público. Barreto afogou-se no ressentimento e no álcool, principalmente por não se considerar reconhecido e comparar-se a Machado de Assis, que, segundo ele, alcançou a celebridade por não se assumir como negro e não abordar temas raciais em seus livros.

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Dirigido por Fernanda Júlia, Hilton Cobra empresta carisma ao personagem e comove a plateia ao narrar as angústias e os dramas pelos quais passou. O solo, no entanto, em momento algum é melancólico nem mostra o escritor como vítima. O Lima de Cobra é vivo, pulsante, um retrato comum de seu tempo e um dos detonadores de um vagaroso processo em nome da igualdade ainda longe de ser concluído (70min). 14 anos. Estreou em 12/7/2018.

+ Espaço Cênico do Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93, Pompeia. Quinta a sábado, 21h30; domingo, 18h30. R$ 20,00. Até 5 de agosto.

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