Aos 14 anos, a atriz e cantora argentina Martina Stoessel ficou conhecida mundialmente pelo seu papel como Violetta, da série homônima produzida pela Disney. Neste papel, fez turnês pela Europa e por aqui também. Desde o ano passado, a moça se desvencilha do personagem e assume sua identidade, Tini, com direito a disco e nova empreitada musical, com a turnê Got Me Started. Pela primeira vez por aqui com esta nova fase, apresenta-se no Citibank Hall no sábado (15). VEJA SÃO PAULO conversou com a moça sobre a mudança.
VEJA SÃO PAULO: Por muito tempo você foi Violetta e, agora, viaja como Tini. Como foi esta mudança?
Tini: Foi uma mudança muito forte para mim. Fiquei cinco anos como Violetta, viajei o mundo, foram três temporadas de televisão, filmes. Eu cresci com o projeto, pessoalmente e profissionalmente. Mas ia ter o seu final. O que me ajudou muito foi o filme, Tini: Depois de Violetta, quando comecei a romper os laços e entender que o período estava mudando. Foi um desafio enorme na minha vida. Mas fiz tudo o que tinha que fazer, vivi tudo o que tinha para viver e, agora, sigo neste caminho. Esta mudança vai ser maravilhosa.
VSP: Como os fãs reagiram a esta mudança?
T: Os fãs foram os que mais me incentivaram a romper com Violetta e me encontrar de verdade. Recebia muitas mensagens nas redes sociais dizendo que não viam a hora de ver o meu show como Tini. Eles conseguiram entender que Violetta era um personagem e queriam me ver como cantora. E eu cresci. Comecei com 14 anos, hoje tenho 20. Tudo mudou: minha roupa, meu cabelo, maquiagem… E fui me encontrando. Ainda assim, foi uma mudança tranquila. Não houve nada radical.
VSP: Antes, em seus shows, você tinha todos aparatos e trupe por trás. Hoje, é só você. Como será esta apresentação?
T: Os shows eram incríveis, mas agora tem algo mais especial, que é meu. E vai ser incrível também. A proposta cenográfica é muito bonita, tem músicos ao vivo, bailarinos, mudanças de figurino. Canto todas as canções do disco e um pouquinho do repertório da Violetta também. Neste aqui, tem uma interação grande com o público, o que para mim, importa muito. É um show para se divertir e eu tenho isso como meta.
VSP: Quando foi gravar o disco Tini, o que você queria incluir nele?
T: Bem, eu cresci ouvindo pop music. Michael Jackson, Beyoncé, Bruno Mars… Era o que me identificava. Fazer música é o meu grande sonho. Violetta me abriu para isso e ainda me deu a oportunidade de cantar em espanhol. As meninas falam comigo em espanhol. Brasileiras, por exemplo, cantam junto e falam melhor do que eu. Isso é muito louco. Então, eu queria também gravar em espanhol.
VSP: Muitas cantoras hoje levantam a bandeira do feminismo e do empoderamento das mulheres. Como você vê isso?
T: Eu acho incrível. As mulheres são fortes e devem tomar decisões próprias, trabalhar por conta própria e de igual para igual. Não temos que ser nem menos nem mais, temos de ser iguais. Mas eu também sinto que, antes de pedir isso, precisamos de união entre as mulheres. Tem que ter solidariedade e irmandade. Às vezes, sinto falta disso. Tem muitas criticas uma às outras e, na verdade, tinha que ter mais amor, não?