Vocalista do Fitz and The Tantrums, uma das bandas mais divertidas desta edição do Lollapalooza, comenta a primeira visita do grupo à cidade
Eles estão escalados para um momento ingrato do Lollapalooza – às 14h50 do sábado (28) -, mas os americanos do Fitz and The Tantrums prometem injetar muito groove e diversão na edição deste ano do festival. Formada em 2008 por Michael “Fitz” Fitzpatrick (voz), Noelle Scaggs (voz e percussão), James King (sax, flauta, teclado, percussão e […]
Eles estão escalados para um momento ingrato do Lollapalooza – às 14h50 do sábado (28) -, mas os americanos do Fitz and The Tantrums prometem injetar muito groove e diversão na edição deste ano do festival. Formada em 2008 por Michael “Fitz” Fitzpatrick (voz), Noelle Scaggs (voz e percussão), James King (sax, flauta, teclado, percussão e guitarra), Joseph Karnes (baixo), Jeremy Ruzumma (teclado) e John Wicks (bateria e percussão), a banda faz um indie-pop temperado com ótimas referências da soul music e do R&B.
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Com dois discos lançados, Pickin’ Up The Pieces (2010) e More Than Just a Dream (2013), o conjunto vem ao Brasil pela primeira vez. Falamos com Scaggs, a única mulher da banda, sobre a expectativa para conhecer o país, a música que ela ouviu quando criança, a vida na estrada e o dia no qual ela esteve no mesmo ambiente que Kenny G.
Vocês não estão entre as principais atrações do festival e a maioria das pessoas que estiverem na plateia terão chegado ali por acidente. Como a banda se comporta tocando para um público que não é o dela?
Não fazemos distinção de público. Sempre tentamos estimular às pessoas que estão nos assistindo para que elas participem como membros da banda. Para funcionar, elas precisam dançar e cantar junto. Foi o que nos colocou no mapa como um dos melhores conjuntos ao vivo do mercado. Colocamos 110% de nós em cada show. Será a nossa primeira vez no Brasil! Ponto final. Será divertido demais para nós.
O que vocês estão planejando fazer por aqui?
Teremos alguns dias livres na cidade. Vamos andar muito por aí. Alguns amigos que conhecemos recentemente podem nos mostrar os lugares mais interessantes. Também estou bem curiosa para conhecer a comida de vocês.
Gosta da nossa música?
Claro! Tenho uma amiga que é do Rio de Janeiro e me apresentou muito da música brasileira quando eu tinha os meus 20 anos. São os clássicos, principalmente Tom Jobim.
O que você ouvia quando criança que mudou a sua vida?
Meu pai era DJ. Foi por causa dele que entrei em contato com a funk music e comecei a ouvir Parliament, Pointer Sisters, Rick James… Artistas que tiveram grande influência no meu jeito de cantar e compor.
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Em 2011, a revista Vogue disse que vocês são a “banda que mais trabalha” no show business, os comparando à ética de trabalho de James Brown. Quais são as maiores dificuldades de viver na estrada e fazer tantos shows?
Pode ser muito difícil. Você deixa sua família, sua casa e está sempre se movimentando, nunca fica parada em uma cidade. Às vezes ficamos doze horas em um lugar e já partimos para outro destino. Acredite, pode se tornar uma rotina muito entediante, especialmente para os cantores. Em alguns momentos ficamos exaustos e mesmo assim precisamos mostrar entusiasmo no palco. Quando se está começando, não se pode dizer “não”. Você se agarra a qualquer oportunidade que aparecer. No começo da nossa carreira, foi exatamente isso que fizemos.
Fitz disse certa vez que a banda está tentando “recuperar a graça do saxofone em um mundo pós-Kenny G”. Você já conheceu o músico? Acho que ele não deve ter gostado muito dessa frase…
[Risos.] Não tenho certeza se dá pra colocar o Kenny G na mesma categoria que a nossa. Pelo menos isso a gente com certeza conseguiu na nossa carreira [risos]. Já estive no mesmo ambiente que ele, mas nunca o conheci realmente. Ele parece um cara legal.
Em que ocasião você esteve no mesmo ambiente que ele?
Era uma festa aleatória em Hollywood, foi uma situação estranha…
E vocês ficaram rindo dele pelas costas?
Não, só eu e alguns amigos comentamos sobre o quanto aquilo era fortuito [risos].