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Volkswagen anuncia retomada de investimentos na Via Anchieta

Após crise, empresa injetará 2,6 bilhões de reais na fábrica para a produção de dois modelos de carros

Por Maurício Xavier Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 set 2017, 06h00 - Publicado em 15 set 2017, 06h00
A fachada da planta de São Bernardo do Campo, em 1967: inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek (Arquivo/Estadão Conteúdo)
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No mês passado, a Volkswagen anunciou que vai investir 2,6 bilhões de reais em modernização da fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, para a produção de dois novos modelos, o hatch Polo e o sedã Virtus. O primeiro deve chegar ao mercado em novembro; o segundo está previsto para ser lançado em março do ano que vem.

As mudanças levarão a empresa a operar novamente em três turnos, o que não ocorre há dois anos, e a rever outras medidas para reduzir a produção, reflexo da crise econômica.

Hoje a unidade mantém apenas um turno — dos 9 000 funcionários, 680 tiveram o contrato suspenso e outros 1 500 estão em férias coletivas. Para suprir a demanda dos dois novos automóveis, o segundo turno voltará a ser implantado no fim deste mês, e o terceiro, em outubro. Desde julho, quando transferiu a produção do Gol para Taubaté, a fábrica de São Bernardo do Campo monta somente a picape Saveiro.

Inaugurada em 18 de novembro de 1959, com a presença do então presidente Juscelino Kubitschek, a montadora da Via Anchieta produziu alguns ícones do mercado automobilístico brasileiro nas últimas seis décadas, como Fusca, Variant, Brasília e Passat. Os primeiros robôs da linha de montagem remontam ao começo dos anos 80, época do lançamento de carros como Santana e Quantum.

Essa foi a segunda sede da marca por aqui. Em 1953, na Rua do Manifesto, no Ipiranga, na Zona Sul, alguns poucos operários iniciaram a montagem dos primeiros Fuscas brasileiros, com 1 200 cilindradas e peças importadas da Alemanha. Ao longo dos quatro anos seguintes seriam produzidas 2 268 unidades do modelo popular.

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