Com reportagem de Adriana Farias
Mestre das harmonizações impossíveis, Jimi Hendrix da tropicália… Lanny Gordin, um mito entre os guitarristas nacionais, mereceu esses e outros elogios por suas performances furiosas e cheias de improvisação. Nos próximos meses, ele será homenageado com o filme Inaudito: com/por Lanny Gordin, de Gregorio Gananian.
O longa foi registrado em Xangai (China), onde o músico nasceu, e em São Paulo, cidade que o acolheu desde os 6 anos. No segundo semestre sairá do forno outro documentário: Heróis da Guitarra, de Caio Jobim e Pablo Francischelli, que inclui cenas gravadas com o instrumentista na Vila Maria Zélia.
Gordin começou sua carreira em 1965, tocando na casa noturna paulistana Stardust, de propriedade de seu pai. Lá, conheceu e dividiu o palco com músicos como Hermeto Pascoal. entre os anos 60 e 70, gravou álbuns e fez shows com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e outros.
Hoje aos 65 anos, luta para superar a esquizofrenia. “Passo a maior parte do tempo na cama, mas tento tocar violão sempre”, afirma, com dificuldade. “Toda essa homenagem me deixa muito agradecido.”