Icônico, Festival da TV Record completa cinquenta anos
A festa foi uma revolução na cena musical do país ao introduzir guitarras nas canções de MPB e consagrar compositores
![](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/10/gilberto-gil-e-os-mutantes-no-festival-de-record.jpg?quality=70&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A noite de 21 de outubro de 1967 foi um marco para a arte nacional. Organizada pela TV Record no Teatro Paramount, onde hoje é o Teatro Renault, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, a terceira edição do Festival da Música Popular Brasileira tornou-se o mais célebre daqueles eventos, comuns nos anos 60 e 70.
O campeão da festa foi Edu Lobo, que defendeu a canção Ponteio ao lado de Marília Medalha. Mas outras apresentações entraram para a história. Tanto Caetano Veloso — que cantou Alegria Alegria com os argentinos do Beat Boys — quanto Gilberto Gil — que tocou com Os Mutantes Domingo no Parque — incluíram a guitarra entre os arranjos e deram início a um dos movimentos mais importantes do cenário musical brasileiro: a tropicália.
![](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/10/chico-buarque-de-hollanda-cantando-a-mc3basica-_roda-viva_-com-magro-de-barba-e.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Vale lembrar que, poucos meses antes, a cantora Elis Regina havia liderado uma famosa passeata contra a adoção do instrumento. Também um momento curioso ocorreu quando Sérgio Ricardo foi vaiado pelo público ao cantar Beto Bom de Bola. Irritado, ele quebrou seu violão e atirou-o aos insatisfeitos. Acabou sendo desclassificado pela produção.
Participaram ainda do espetáculo Chico Buarque ao lado do MPB4, com Roda Viva, e Roberto Carlos, com Maria, Carnaval e Cinza.