‘Ninguém Sai Vivo Daqui’ condensa história do ‘Holocausto Brasileiro’
Diretor André Ristum mostra tragédia no Hospital Psiquiátrico de Barbacena, conhecido como Colônia, em filme curto
Após ser assunto de livro, documentário e série, o “Holocausto Brasileiro” é retratado no filme Ninguém Sai Vivo Daqui.
A morte de 60 000 pessoas devido ao descaso de profissionais no Hospital Psiquiátrico de Barbacena, conhecido como Colônia, em Minas Gerais, foi investigada por Daniela Arbex em reportagem publicada em 2013 e, três anos depois, em documentário da HBO.
Em 2021, veio a adaptação Colônia, criada por André Ristum e disponível no Globoplay. Agora, o diretor readapta a obra para um longa.
A história, com personagens fictícios, narra a internação de Elisa (Fernanda Marques) depois de engravidar do namorado. A jovem havia sido prometida a outro homem pelo pai, que reprova a relação e decide a punir. Na instituição, sofre abuso e tortura.
Com menos de 1 hora e 30 minutos, o enredo fica apressado, sem dar o devido desenvolvimento aos horrores da tragédia e aos coadjuvantes. As dores dos personagens só são transmitidas com eficácia graças à performance do elenco, que conta ainda com Andréia Horta e outros.
NOTA: ★★☆☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 19 de julho de 2024, edição nº 2902