Kristen Stewart protagoniza o romance lésbico Love Lies Bleeding – O Amor Sangra, que chega aos cinemas na quarta (1°) e é dirigido por Rose Glass, 34, que estreou como cineasta em 2019.

A protagonista dá vida a Lou, uma jovem que trabalha como gerente de academia em uma cidade no interior dos Estados Unidos. Sua vida muda com o surgimento de Jackie (Katy O’Brian), aspirante a fisiculturista, que planeja ir a Las Vegas para vencer uma competição. Um relacionamento floresce entre as duas, mas passa longe de um conto de fadas, quando o vício em anabolizantes e os envolvimentos familiares de Lou com o crime vêm à tona.

A história atinge proporções brutais com cenas explícitas de violência e assassinatos. Uma das intenções do longa, como a própria Kristen disse na coletiva de imprensa do Festival de Cinema de Berlim, em fevereiro, é ser uma obra queer que não se resume à sexualidade. Nesse âmbito, o filme é bem-sucedido. Mas valia a pena o exercício de ir ainda mais longe do que já se viu em obras — com casais heterossexuais — de Hollywood. Isso seria possível com um roteiro mais afiado e efeitos especiais mais extravagantes e exagerados. De um modo geral, fica evidente o esforço e a visão da equipe, para um resultado consistente.

Publicado em VEJA São Paulo de 26 de abril de 2024, edição nº 2890.

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