‘Inexplicável’ conta história real comovente de menino com tumor no cérebro
Letícia Spiller e Eriberto Leão protagonizam este drama avassalador dirigido por Fabrício Bittar

Prepare os lencinhos para uma jornada emocionalmente intensa. Inexplicável, em cartaz nos cinemas, apresenta a história real de um menino de 8 anos diagnosticado com um câncer raro, que se tornou conhecida com o livro O Menino que Queria Jogar Futebol (2018), de Phelipe Caldas.
Para dar conta dessa narrativa, são peças fundamentais as atuações de Letícia Spiller e Eriberto Leão, conduzidos pelo diretor Fabrício Bittar.
Com experiência em comédia, à frente de filmes com Danilo Gentili, o cineasta estreia no drama e mostra sensibilidade. “Encontrei o livro e fiquei muito impactado com a história. senti que precisava contá-la”, diz o cineasta, em entrevista a Vejinha.
Apaixonado por futebol, o pequeno Gabriel (Miguel Venerabile) vive pelo esporte, até que uma dor de cabeça se revela um grave tumor no cérebro. Os pais Marcus (Eriberto Leão) e Yanna (Letícia Spiller) ficam desolados com o diagnóstico e correm atrás de tratamento médico, que exige uma cirurgia delicada.
Tudo corre bem e o menino recebe alta, mas é levado às pressas de volta ao hospital com meningite bacteriana. O casal implora e recebe o apoio e envolvimento dos médicos Christian (André Ramiro) e Janine (Adriana Lessa).
O longa vai além da ciência e dá méritos a uma força sobrenatural, associando-a diretamente ao Deus cristão. mas, assim como outros elementos da história, acaba explicando demais o “inexplicável”. A pretensão não atrapalha o teor comovente.
“Todas as vezes que vi, me emocionei no final, muito pelo fato de ser mãe”, afirma Letícia.
“Eu acredito muito em uma utopia, em um círculo de relações capaz de fazer o impossível”, diz Leão.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 6 de dezembro de 2024, edição nº 2922