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Com Wagner Moura em destaque, ‘Guerra Civil’ critica polarização política

Diretor Alex Garland se propôs a criar um filme “anti-guerra” e “quer começar uma conversa”, afirma a atriz Cailee Spaeny; leia a entrevista

Por Mattheus Goto
19 abr 2024, 06h00

✪✪✪✪ Um dos filmes mais aguardados do ano, Guerra Civil chega aos cinemas já envolto em controvérsias. O longa dirigido por Alex Garland (Ex_Machina: Instinto Artificial) está dando o que falar devido a sua abordagem distópica.

Em um futuro não tão distante, enquanto uma guerra civil assola os Estados Unidos, uma equipe de jornalistas viaja pelo país em busca de um depoimento do presidente (Nick Offerman), para a manchete perfeita. Os veteranos Lee (Kirsten Dunst), Joel (Wagner Moura) e Sammy (Stephen McKinley Henderson) juntam-se à novata Jessie (Cailee Spaeny) em uma jornada pela estrada, onde se deparam com a violência e os horrores do conflito envolvendo toda a nação.

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Nick Offerman como o presidente dos Estados Unidos (Diamond Films/Divulgação)

A viagem torna-se uma questão de sobrevivência. O destaque do elenco é Wagner Moura, peça fundamental para construir a tensão e, simultaneamente, aliviá-la na medida certa. Embora haja momentos de descontração, o tom predominante é o do suspense.

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Há cenas impactantes de assassinatos cruéis e impiedosos. A grande questão é: não é dito, em nenhum momento, o motivo pelo qual cada lado está lutando. Entende-se que um grupo de civis quer derrubar a autoridade governamental, mas nunca se sabe o porquê. Isso proporciona ao espectador a angústia de não saber que lado tomar e a dúvida se há verdadeiros motivos para a guerra na vida real.

“O que o Alex (Garland) se propôs a fazer é criar um espaço aberto para que a audiência pudesse projetar seus próprios pontos de vista, pensamentos e anseios”, afirma Cailee Spaeny (Priscilla), em entrevista à Vejinha. “Ele não está tentando forçar uma agenda. Está querendo começar uma conversa. A expectativa era a de que o filme pudesse ressoar com pessoas no mundo inteiro.”

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Cailee Spaeny em ‘Guerra Civil’ (Diamond Films/Divulgação)

A frieza e a alienação de alguns cidadãos perante o conflito também são problematizadas — incluindo a dos próprios jornalistas. A dualidade dos personagens é uma marca do diretor, que também escreveu o roteiro. O resultado levanta questões ao público, sem assumir partidos, e se prova necessário em um ano de eleições nos Estados Unidos.

Publicado em VEJA São Paulo de 19 de abril de 2024, edição nº 2889

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