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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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Mostra SP anuncia seleção de filmes da 48ª edição, com foco na Índia

A programação homenageia o cineasta indiano Satyajit Ray e reúne filmes como 'Anora', de Sean Baker, e 'Ainda Estou Aqui', de Walter Salles,

Por Mattheus Goto
Atualizado em 5 out 2024, 21h48 - Publicado em 5 out 2024, 19h48
Pôster da 48ª Mostra, feito a partir do storyboard de Satyajit Ray durante a produção de ‘A Canção da Estrada’ (1955)
Pôster da 48ª Mostra, feito a partir do storyboard de Satyajit Ray durante a produção de ‘A Canção da Estrada’ (1955) (Mostra SP/Divulgação)
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A 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo anunciou neste sábado (5) a seleção de filmes deste ano, que acontece de 17 a 30 de outubro em 29 salas de cinemas, espaços culturais e CEUs espalhados pela cidade, incluindo exibições gratuitas e ao ar livre.

Serão exibidos 415 filmes de 82 países, muitos inéditos no Brasil, no decorrer do evento. A abertura, na quarta-feira (16), terá uma sessão de Maria Callas, longa de Pablo Larraín, protagonizado por Angelina Jolie, que estreou no Festival de Veneza.

Como de praxe, a programação traz títulos vencedores de prêmios em grandes festivais internacionais. É o caso de Anora, de Sean Baker (Palma de Ouro, em Cannes), Dahomey, de Mati Diop (Urso de Ouro, em Berlim), O Brutalista (Leão de Prata, em Veneza), de Brady Corbet, Vermiglio (Prêmio Especial do Júri, em Veneza), de Maura Delpero.

Cena de 'Anora', de Sean Baker
Cena de ‘Anora’, de Sean Baker (Divulgação/Divulgação)

Dentre as produções brasileiras, uma das mais aguardadas é Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que levou o prêmio de Melhor Roteiro em Veneza. “Existe uma torcida brasileira, com Ainda Estou Aqui. Ver o cinema brasileiro nesse lugar me encheu de esperança”, disse a diretora Renata Almeida, em coletiva de imprensa neste sábado (5)

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Outros destaques entre os selecionados são: Sujo, de Astrid Rondero e Fernanda Valadez, Tudo que Imaginamos Como Luz, de Payal Kapadia, Dying – A Última Sinfonia, de Matthias Glasner, Grand Tour, de Miguel Gomes, e Memórias de um Caracol, de Adam Elliot.

Nesta edição, a organização dedicou uma atenção especial ao cinema indiano. É por esse motivo que uma arte de Satyajit Ray, criada durante a preparação de seu primeiro longa, A Canção da Estrada (1955), estampa o cartaz da Mostra. Haverá uma retrospectiva da obra do cineasta, com sete filmes realizados entre 1955 e 1966. Ao todo, foram escolhidos cerca de trinta títulos produzidos na Índia.

Fernanda Torres no papel de Eunice Paiva em 'Ainda Estou Aqui'
Fernanda Torres no papel de Eunice Paiva em ‘Ainda Estou Aqui’ (Alile Dara Onawale/Divulgação)
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“Temos muito o que aprender com o cinema indiano”, afirmou a diretora. “Existe um grande público [na Índia], com sessão cheia de manhã até de noite. É a maior produção de cinema fora dos Estados Unidos, com uma diversidade dentro do próprio país, que trouxemos para cá.”

Outro foco são filmes do Oriente Médio, com a presença de países como Israel e Palestina. “Não pode ter medo da polêmica, da discussão. A gente precisa reaprender a conversar sobre as coisas sem querer anular o outro, sem demonizar o outro. Precisamos reaprender o diálogo”, acrescentou Renata.

A 48ª edição é marcada também pela 1ª Mostrinha, com longas dedicados à infância e à juventude. “Queremos trabalhar com a formação de público por meio desse olhar para a criança. A invenção da infância foi um marco civilizatório da humanidade e estamos perdendo isso, crianças estão virando adultos”, ela comentou.

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Cena de 'Arca de Noé'
Cena de ‘Arca de Noé’ (Gullane/Divulgação)

A Mostrinha abre com uma exibição de Arca de Noé, de Sérgio Machado e Alois di Leo, na Sala São Paulo, em 17 de outubro.

O evento ainda homenageia os 30 anos do programa Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura, os 25 anos do filme homônimo de Cao Hamburger baseado na série, e o cartunista Ziraldo, morto neste ano.

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A programação completa está disponível no site 48.mostra.org.

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