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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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Rótulos italianos que fogem do lugar-comum

Regiões não tão conhecidas do país europeu produzem bebida de qualidade

Por Marcelo Copello
21 out 2022, 06h00
garrafas de vinhos
 (Divulgação/Divulgação)
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A Itália é um mundo à parte no universo do vinho. Maior produtor mundial da bebida, com cerca de 4,5 bilhões de litros ao ano (seguida pela Espanha e pela França, com cerca de 3,5 bilhões de litros ao ano cada uma), líder em variedades de castas, com 377 uvas nativas em cultivo comercial.

O país mediterrâneo é um grande vinhedo, de norte a sul — não há província, cidade ou vila, por menor que seja, que não tenha seu vinho local, cujos moradores reputam como o melhor do mundo. Além das centenas de castas, a Itália também esbanja diversidade em seus terroirs, com múltiplos climas e solos, indo dos Alpes ao Mediterrâneo. Isso sem falar na grande diversidade cultural e histórica de cada região, o que acaba por influenciar na variedade de vinhos.

Até 1871, ano em que foi unificada, a península italiana era uma coleção de reinos independentes, cada um com sua cultura e vinhos, por vezes, bem distintos. O Piemonte, por exemplo, já foi francês, e tem muita afinidade cultural e enológica com o país vizinho. O mesmo podemos dizer da região do Trentino em relação à Áustria e da Sicília em relação à Grécia, por exemplo.

Dentro dessa variedade virtualmente infinita, o que se destaca no cenário internacional são as mais famosas DOCs (Denominazione di Origine Controllata) e DOCGs (Denominazione di Origine Controllata e Garantita), vinhos como Chianti, Brunello di Montalcino, Amarone e Barolo, só para citar algumas. Como acontece normalmente no mercado do vinho, sair dos nomes famosos pode aumentar o risco da compra, mas a ousadia pode ser recompensada com boas surpresas.

1 – Arnaldo Caprai Montefalco Rosso DOC 2017 Do produtor Arnaldo Caprai, uma referência na região da Úmbria-Itália. Elaborado com uvas sangiovese, sagrantino e merlot, com doze meses em barris de carvalho. Cor rubi escura. Aroma de chocolate, cereja madura, geleia de amora, madeira nova. Paladar de médio-bom corpo, taninos e acidez agradavelmente presentes tornam o vinho gastronômico. R$ 189,90 na Evino.

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2 – Elvio Cogno Mandorlo Dolcetto d’Alba DOC 2020 Do produtor Elvio Cogno, 100% uvas dolcetto (popular no dia a dia dos piemonteses), feito sem madeira, em inox. Um vinho fresco, frutado, leve, notas de morangos, ameixas, couro, ervas, terra, acidez moderada. R$ 249,90 na Evino.

3 – Gianni Masciarelli Montepulciano d’Abruzzo DOC 2018 Elaborado com 100% uvas montepulciano. Cor rubi escura violácea. Aroma rico e concentrado nas frutas, como ameixapreta, amoras, cereja marasquino, café. Paladar de bom corpo e concentração, com taninos doces e presentes, boa acidez, 14% de álcool. Vinho ao mesmo tempo potente e gastronômico, que pode se beneficiar de decantação de quarenta minutos para que seus aromas se abram. R$ 279,90 na Evino.

4 – Tenuta Sant’Antonio Scaia I.G.T. Veneto Corvina 2018 Do produtor Tenuta Sant’Antonio, na região do Vêneto, com a grande uva local, a corvina, sem madeira, com 12,5% de álcool. Frutado, com cerejas, ameixas, especiarias, canela, nota terrosa. Paladar leve, meio doce, com doçura aparente e acidez moderada. R$ 98,71 na Wine.

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Publicado em VEJA São Paulo de 26 de outubro de 2022, edição nº 2812

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