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Por Por Marcelo Copello
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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Tradicional da Itália, vinho chianti passa por renovações

Região onde se produz a bebida elaborada com uva sangiovese passou por diferentes mudanças

Por Marcelo Copello
Atualizado em 26 Maio 2023, 15h56 - Publicado em 26 Maio 2023, 06h00

Um dos vinhos mais tradicionais produzidos na Itália é, também, um dos que mais se renovam. O chianti, tinto italiano mais renomado no mundo, cuja ancestralidade remonta a 1398, acaba de lançar uma novidade: a divisão da região em subzonas.

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Desde o início, o chianti foi um sucesso comercial, tanto que sua área geográfica, demarcada em 1716, se alargou ao longo dos anos. Produtores de áreas no entorno da original começaram a chamar seus vinhos de chianti, buscando pegar carona na fama da bebida. Este processo culminou com a separação da zona original.

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A partir de 1932, os vinhos produzidos na área demarcada em 1716 passaram a ser chamados de chianti classico, e os dos arredores, apenas de chianti. Um pequeno detalhe que faz grande diferença na qualidade dos vinhos. Outro movimento importante foi quando, em 2014, criou-se a denominação “chianti classico gran selezione”, um nível acima do “chianti classico riserva”, até então a categoria mais alta.

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Esta categoria foi um sucesso de vendas, rivalizando em qualidade e preço com o irmão toscano, até então com maior prestígio, o Brunello di Montalcino. O sucesso do gran selezione foi tanto que a região está aprimorando ainda mais a categoria. Recentemente, a legislação foi mudada e, nesta categoria, o mínimo de uva sangiovese passa de 80% para 90%, o restante passa a ser obrigatoriamente de castas locais.

O avanço mais recente, de meados de 2022, foi a subdivisão do chianti classico em sub-regiões. Esta é uma tendência mundial, especificar cada vez mais a origem geográfica dos vinhos. Isso vem acontecendo em vários países e regiões, que se inspiram na Borgonha, onde cada pequeno vinhedo é reconhecido como único, gerando os chamados “vinhos de terroir”, que exprimem sua origem.

No chianti classico foram reconhecidas onze subzonas: Castellina, Castelnuovo Berardenga, Gaiole, Greve, Lamole, Montefioralle, Panzano, Radda, San Casciano in Val di Pesa, San Donato in Poggio e Vagliagli. Chamados de UGA’s (Unità Geografiche Aggiuntive), estes nomes poderão constar nos rótulos das próximas safras.

1 – SANTA CRISTINA CHIANTI SUPERIORE 2018
Da Marchesi Antinori, esse sangiovese é parcialmente amadurecido em barricas por nove meses. Com cor rubi violácea. Aromas frutados, notas minerais e de madeira. O vinho de taninos médios e boa acidez tem médio corpo e combina muito bem com pizzas e massas. É um bom chianti para o dia a dia. Tem 13% de álcool. R$ 279,90, na Evino.

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2 – SER LAPO CHIANTI CLASSICO RISERVA 2018
Do produtor Mazzei, elaborado com 90% sangiovese e 10% de uva merlot, passa doze meses em barricas francesas. Coloração rubi, entre clara e escura. Aroma complexo, com presença da madeira, baunilha e tostados, além de boa concentração de frutas com cereja e alcaçuz. Paladar de médio- -bom corpo e taninos e acidez presentes. Tem um bom potencial de guarda. R$ 429,90, na Evino.

3 – CHIANTI SARDELLI 2021
Da Cecchi, esse sangiovese não passa por barricas de madeira. Com coloração rubi entre claro e escuro, o vinho tem aroma frutado de morango e framboesa, além de notas de ervas e terra. Paladar de médio corpo, tem acidez e taninos moderados. Um chianti simples, jovem, de entrada e fácil de beber, com 13% de álcool. R$ 56,35, na Wine.

Publicado em VEJA São Paulo de 31 de maio de 2023, edição nº 2843.

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