10 perrengues que o paulistano passa em dia de chuva
Para mostrar que nos solidarizamos, VEJA SÃO PAULO criou uma lista com dez perrengues que o paulistano passa em dias como hoje
Em um autêntico dia de chuva, a vida só te dá três opções:
1) você perdeu seu último guarda-chuva
2) seu guarda-chuva é insuficiente para a ventania e vai quebrar assim que você sair de casa
3) seu guarda-chuva novo é muito bom, mas você fatalmente vai esquecê-lo no próximo café – o que te faz voltar para a primeira opção.
Sem contar que a manhã chuvosa sempre será aquela em que você combinou de chegar mais cedo ao trabalho (e não vai conseguir), tem uma reunião importantíssima (e vai chegar atrasado) ou vai pegar um avião (que estará atrasado). Para mostrar que nos solidarizamos, VEJA SÃO PAULO criou uma lista com dez perrengues que o paulistano passa em um dia como hoje:
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Não tem táxi
Para agilizar sua vida, você decidiu pegar um táxi. Mas os 12 milhões de habitantes de São Paulo parecem ter tido a mesma ideia e agora você se pega olhando para a tela do celular enquanto os aplicativos não encontram um único taxista livre nas imediações.
Não tem avião
Pegar um voo em Congonhas ou Guarulhos é o pior compromisso que um paulistano pode ter quando está chovendo. Para começar, ir até o aeroporto é um sacrifício por causa do trânsito (e também não tem táxi, vide tópico número 1). Chegando lá, as chances de Congonhas ter fechado temporariamente para pousos e decolagens ou Guarulhos estar encoberto pela neblina são grandes. Se uma dessas coisas acontecer, pode comprar o café mais caro e a revista mais grossa da livraria: seu voo vai atrasar.
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Só tem trânsito
A frota de 8 milhões de veículos de São Paulo parece estar inteira na rua nos dias de chuva. Se for também véspera ou chegada de feriadão, senta que lá vem recorde de congestionamento. O pior efeito colateral disso – se é que tem coisa pior do que percorrer 2 quilômetros em uma hora – é ter que esperar a chuva e o trânsito passarem fazendo hora extra no trabalho.
O preço da capa de chuva sobe mais que a inflação
Se a Fipe incluísse a capa de chuva na medição do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) veríamos como esse item onera o orçamento doméstico do paulistano. Como pode um pedaço de plástico que não dura uma caminhada da Consolação ao Paraíso custar 15, 20, 30 reais? Dica: se não quiser entrar no cheque especial, evite fazer negócio com vendedores de capa de chuva em shows e estádios de futebol.
O guarda-chuva está: errado
Os 10 reais que você pagou no último guarda-chuva se mostrarão inúteis quando, ao colocar o pé para fora de casa, o dito cujo se dobrar ao vento como se quisesse sair voando. Mas os 50 reais que você gastou naquele guarda-chuva ótimo e enorme também se mostram um péssimo investimento: justo hoje, você esqueceu em casa. Ou justo ontem você perdeu o bendito naquele restaurante do almoço.
A roupa está: errada (e o cabelo também)
Uma lei da física diz que todo cabelo feminino com chapinha faz cair um pingo de chuva, e toda poça de água suja atrai um homem de tênis novo. Dificilmente o ser humano será tão adequado no mundo a ponto de acertar sempre a roupa (e o sapato) para os dias de chuva, especialmente em São Paulo, onde as quatro estações se fazem presente no intervalo de 24 horas.
O metrô está: lotado (mais do que o normal)
A já impossível ligação entre as linhas 2-Verde e 4-Amarela fica ainda mais impraticável na chuva – todo mundo que, eventualmente, andaria da Avenida Paulista até a Rua da Consolação pela calçada escolhe fazê-lo pelo subterrâneo. E você pensa seriamente se tomar chuva lá em cima não seria melhor do que se espremer naquele túnel do terror. Sem contar que a CPTM e as linhas 1-Azul e 2-Vermelha do Metrô, que têm um trecho não-subterrâneo, sempre operam com velocidade reduzida.
O ônibus é uma estufa
Se prepare para o choque térmico: aquele casaco grosso que tanto te protegeu na rua se revela completamente inútil dentro do ônibus, que parece mais quente que o habitual em dias de chuva. Não se esqueça das janelas embaçadas, pingando.
Delivery or not delivery
Convenhamos que dá a maior preguiça sair para jantar em dia de chuva, então a melhor opção é pedir por telefone, certo? Errado. Lembra todas aquelas pessoas que decidiram andar de táxi na mesma hora que você? Pois elas também estão, neste momento, ligando para a mesma pizzaria e para o mesmo restaurante, e por causa disso o motoqueiro vai levar duas horas para chegar com a comida (fria e desmanchada) na sua casa. Melhor apelar para o miojo.
Viver à moda antiga
A chuva obriga o paulistano a viver sem duas necessidades básicas da modernidade: luz e internet. Muito se reclama da velocidade pífia da banda larga no Brasil, mas pouco se fala da impermeabilidade dessa conexão: estamos em 2015 e nenhum provedor é à prova d’água. E graças ao emaranhado de fios enrolados nos nossos postes, a energia também não é. Resultado: não dá nem para apelar para o Netflix.