Quando eu soube da morte de Matthew Perry neste sábado (28), liguei imediatamente para a minha mãe. Era como se eu tivesse perdido um amigo. Desde o início dos anos 2000, nós passamos horas, dias e semanas assistindo (e reassistindo) aos DVDs de Friends, série que pode ser melhor definida como fenômeno mundial.
Eu e minha mãe, claro, somos apenas uma minúscula parcela da legião de fãs que a produção conquistou desde sua estreia, em 1994. Até hoje, costumo ligar a TV e dar play em algum episódio aleatório para deixá-lo de fundo enquanto faço alguma tarefa. Friends é uma companhia que me dá um quentinho no coração.
Não é exagero afirmar que Friends está presente no DNA cultural de muita gente. Alguns não acham engraçado, outros choram de rir. Mas, acima de qualquer discordância natural, a série de comédia continua presente na vida e na memória afetiva dos fãs até hoje. E olha que já são quase 20 anos desde que a série chegou ao fim.
Matthew Perry, um dos seis, sempre foi considerado um dos favoritos. Seu Chandler Bing é engraçadíssimo, cativante, bondoso e irônico nas mesmas medidas.
Ao longo de dez temporadas, acompanhamos Chandler desde que ele era um solteirão em busca de um amor até chegar a ser um pai de gêmeos ao lado de sua esposa (e amiga) Monica Geller (Courtney Cox). Seu humor afiado nunca foi embora, claro. Mas, assim como na vida, o personagem amadureceu de um jeito realístico e emocionante. Torcemos por ele assim como torcemos por amigos da vida real.
Hoje o dia amanhece triste, como um episódio de Friends sem a tradicional plateia rindo ao fundo. Sem aquele personagem que trouxe a primeira e a última piada da série.
Na vida fora da TV, os seis não são mais seis. Sei que ainda posso dar play em algum episódio aleatório e rir com Chandler Bing (ou Miss Chanandler Bong) e seus grandes amigos. Talvez só daqui a uns dias, mas saber que isso ainda é possível traz uma espécie de conforto.
Matthew Perry se foi, mas deixou como legado um amigo eterno. Descanse em paz.