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Filmes e Séries - Por Barbara Demerov

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Deu match? Casais de Casamento às Cegas Brasil detalham suas experiências no reality

À Vejinha, Carol, Hudson, Dayanne e Rodrigo falam sobre 'amores líquidos' e, ainda, dão dicas para quem quer encontrar sua alma gêmea

Por Barbara Demerov
Atualizado em 19 out 2021, 19h34 - Publicado em 19 out 2021, 19h32
Casal do reality conversa e ri
Casamento Às Cegas está disponível na Netflix (Alisson Louback/Netflix/Divulgação)
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Casamento às Cegas Brasil, programa apresentado por Camila Queiroz e Klebber Toledo, já está disponível na Netflix e traz à tona a seguinte pergunta: o amor é mesmo cego?

À Vejinha, os casais formados por Carol e Hudson e Dayanne e Rodrigo falam sobre a intensa experiência na versão brasileira do reality show e ainda dão dicas sobre como dar match em alguém especial.

Vocês conquistaram diversos fãs nas redes sociais e boa parte deles começou a torcer pelos casais. Como está sendo lidar com isso na vida real?

Day – Tem sido uma delícia. É uma alegria gigantesca perceber que do outro lado da tela existem pessoas que desejam e torcem pela sua felicidade sem nem te conhecer pessoalmente.

Rodrigo – Estou muito feliz com a repercussão do programa. Quem me conhece sabe que eu sou um cara sempre feliz e pra cima. O otimismo me acompanha para ver a vida da melhor forma possível, mas jamais imaginei essa repercussão toda. Estou muito feliz!

Carol – Receber o carinho do público torcendo e vibrando por nós tem sido uma delícia. As pessoas se sentem representadas, dizem ser um conforto ver o amor preto na TV e esse amor preto somos nós. Me sinto orgulhosa e vejo que a maior premiação é ter o amor dos fãs, pessoas que torcem por você. Recebi mais ‘eu te amo’ desde o programa no ar que nesses 30 anos que vivi (risos).

Hudson – Só o fato de ter fãs já é uma parada extremante incrível, sou muito grato por isso. Todo afeto, carinho e mensagens… é tudo muito gratificante. E saber que muitos torcem pelo casal, me deixa ainda mais feliz pois é o termômetro de que tudo que vivemos lá foi lindo. Torcer pela felicidade do próximo é admirável.

Qual parte dessa experiência foi mais desafiadora?

Day – Eu acho que o grande desafio foi não perder o controle das minhas emoções. É tudo muito intenso, dinâmico e eu sou puro coração – me entrego e me dedico 100% em tudo que faço.

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Rodrigo – Acredito que os relacionamentos por si só já são um dos maiores desafios da vida; quem dirá casar-se às cegas. Com certeza o confinamento e a convivência formaram a parte mais desafiadora em toda a experiência.

Carol – Com certeza morar com alguém que eu conhecia há poucos dias, mas foi muito tranquilo. Nos adaptamos, cada um tinha uma tarefa e a cumpria, então conseguimos tornar tudo mais leve.

Hudson – Sem dúvida foi acreditar na proposta do programa e abrir o coração de tal forma que pudesse me identificar e me apaixonar por alguém sem ter visto a pessoa. E isso aconteceu de uma maneira surreal.

Casal conversa e ri
Casamento Às Cegas está disponível na Netflix (Alisson Louback/Netflix/Divulgação)

E qual foi a mais agradável?

Day – O dia do casamento! Foi uma transição entre ciclos que mudou a minha vida.

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Rodrigo – A experiência como um todo se tornou algo inesquecível pra mim. Estar com as emoções à flor da pele, ter a coragem de expor meus sentimentos… Foi agradável me conhecer mais e saber que, independente da situação, serei um cara disposto a crescer e evoluir.

Carol – Tudo! Exatamente tudo que vivi ali foi inesquecível – é algo que não há nem como descrever. Quem tiver a oportunidade e desejo de estar em um reality show, sugiro que vá. É uma experiência única.

Hudson – O mais agradável foi quando tive certeza de que eu e a Carol estávamos 100% conectados um com o outro. E com toda certeza o mais inesquecível foi o face to face, ver ela toda linda, com aquele sorriso incrível. Isso superou todas as minhas expectativas.

Você faria algo diferente agora que já viveu tudo que o reality oferece?

Day – Não, faria tudo exatamente igual! Tudo que gostei foi verdadeiro e tudo que não me fez bem hoje é aprendizado.

Rodrigo – O mais louco de tudo é viver um recorte intenso desses e poder assistir depois. Normalmente não temos a oportunidade de rever nossas atitudes assim tão claramente, e essa é mais uma coisa incrível que esse programa traz. Vivi a experiência de coração e acredito que tudo valeu a pena. Erros e acertos estão aí para aprendermos com eles!

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Carol – Absolutamente nada de diferente. Me sinto orgulhosa ao ver minha participação, tenho recebido feedbacks muito positivos que só confirmam que não deveria mudar nada.

Hudson – Acredito que não. Todas as sensações e tudo vivi lá foram essenciais para um crescimento absurdo como ser humano. Pode ser que se eu mudasse algo, não teria o mesmo resultado.

Você acha que as pessoas deixaram de acreditar em um amor para a vida toda?

Day – Sim. Percebo que os sentimentos que nutrimos são “líquidos”. Há dificuldade em ter profundidade e tratar as questões mais importantes dentro de um relacionamento – o que nos faz desacreditar em relações duradouras.

Rodrigo – Eu acredito que as experiências que vivemos vão moldando nossas crenças. Uma hora vivemos algo intenso e incrível que acende a chama do amor, outra hora vem a vida com obstáculos… Mas a vida é muito curta para não se acreditar no amor.

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Carol – Acredito na singularidade das pessoas, algumas acreditam ainda, depois ficam descrentes por algum dissabor amoroso. Outras renovam essas chamas após conhecer aquela pessoa incrível. Eu confesso que gostaria que todos pudessem não só acreditar como ter um amor para vida toda. E esse amor não está só no amor romântico: pode ser uma amiga bacana, companheira que te apoia em tudo, um irmão, aquele primo que daria a vida por ti… O que importa para mim é ter um amor para se viver e principalmente ter respeito. Sem respeito nenhuma relação é passível de existência.

Hudson – Sim, hoje em dia está tudo muito descartável, é melhor sair fora do que se adaptar ou lutar por algo. E o fato da gente ter começado por trás – conectar sem se ver – dá uma esperança em acreditar de novo no amor para vida toda. E sempre disseminarei essa experiência.

Por que você acha que Casamento às Cegas faz tanto sucesso, especialmente aqui no Brasil?

Day – No Brasil somos intensos e viscerais: nos entregamos as emoções e nos identificamos com grandes histórias. E o reality traz justamente isso.

Rodrigo – Esse experimento é um teste: será que o amor pode ultrapassar passar as barreiras físicas? Aqui no Brasil a galera é muito vaidosa. Tenho certeza que muita gente se imaginou nas cabines, e ficou na dúvida sobre as conexões serem somente intelectuais. Casamento às Cegas é um reality muito intenso e verdadeiro, só vivendo pra saber.

Carol – Brasileiro já adora um reality né? Agora imagina um reality onde as pessoas têm que se apaixonar para serem pedidas em casamento e, em 30 dias vão se casar ou não e você pode ir assistindo e palpitando? Vendo as tretas, as reconciliações, a família, opinar sobre situação X ou Y, gostar e sentir raiva de alguém, tomar as dores… Sucesso não só nacional como mundial. Eu que sou participante do reality sou viciada, imagina os telespectadores.

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Hudson – Por ser algo totalmente diferente da nossa realidade e algo muito corajoso: o brasileiro é muito físico e materialista. Colocar em jogo todos esses pontos e ainda relacionar isso ao amor, faz com que gere uma tremenda curiosidade e uma identificação. Será que é real?

São Paulo recentemente foi eleita a melhor cidade do mundo para paquerar. Quais dicas você dá para os românticos de plantão que querem conhecer seu amor?

Day – Se joguem! Vale prestar atenção na fila do pão, na fila da vacina, entrar em aplicativos e até em reality shows (risos). Abra o seu coração e os seus olhos. Boa sorte!

Rodrigo – Hoje com certeza minha dica para os solteiros é: não deixem o amor passar reto por vocês. Se a energia bater, olhou, sorriu… chama pro date!

Carol – Frequentar locais onde você gostaria de ter uma pessoa compatível. Por exemplo, eu adoro samba e rap, então procuraria frequentar locais assim para achar alguém com compatibilidade. Se bem que não há exatamente uma receita para achar um amor, né? Você pode atravessar a rua e esbarrar em alguém, se conectar e descobrir ser o amor da sua vida. O amor é inesperado e vem quando menos esperamos, do jeito mais lindo possível.

Hudson – Se joga! São Paulo é incrível. Minha dica é: confie na sua essência e procure esquecer um pouco a parte física no primeiro momento. Se conecte, sorria, chore, abra o coração, tudo ficará mais lindo e assim a chance de você encontrar um amor pode ser muito maior. Seja sempre você!

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