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‘Ângela’, com Isis Valverde, é cinebiografia limitada ao feminicídio

Atriz encarna muito bem o papel da socialite que foi morta aos 32 anos, mas o cenário de sua vida é apenas um: o de sofrimento

Por Barbara Demerov
1 set 2023, 06h00
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  • ✪✪ Ao contrário do que o título possa indicar, Ângela, destaque do 51º Festival de Gramado que chega aos cinemas dia 7 de setembro, não é um filme especificamente sobre a socialite mineira Ângela Diniz.

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    A história gira em torno dos últimos meses de vida da mulher, que foi assassinada de forma brutal em dezembro de 1976, aos 32 anos. Porém, o que move toda a trama dirigida por Hugo Prata (de Elis) é o relacionamento abusivo entre Ângela e Raul Fernando do Amaral Street, o assassino conhecido como Doca Street.

    A narrativa acompanha a relação do início ao fim – desde a atração quando Raul ainda era casado até o declínio da paixão, que se tornou extremamente violenta muito rápido. Na pele de Ângela, Isis Valverde se dedica a demonstrar o máximo de nuances da personagem, mas fica limitada a um cenário de sofrimento.

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    Não há escapatória diante de poucas locações (em especial, a casa na Praia dos Ossos, no Rio de Janeiro), assim como há pouquíssimas chances para que sua Ângela seja algo além da vítima de rótulos da alta sociedade e da desconfiança do companheiro. Questões pessoais, como a dificuldade em obter a guarda dos três filhos (fruto de seu casamento de dez anos com Milton Villas Boas), também permeiam a rotina da protagonista.

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    O drama de uma mulher cheia de vida é abordado com atenção, mas, para aqueles que já sabem o desfecho que se aproxima, o resultado final apenas diz respeito ao que Doca Street fez com Ângela, e não ao que Ângela fez em vida. Uma cinebiografia triste e restrita às marcas do feminicídio.

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    Publicado em VEJA São Paulo de 01º de setembro de 2023, edição nº 2857

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