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A necessária arte de dizer “não”

A psicóloga Gislene Erbs fala sobre respeitar os próprios desejos e colocar-se em primeiro lugar de forma assertiva

Por Gislene Erbs, em depoimento a Helena Galante
28 abr 2023, 06h00

Dizer “não” de maneira adequada e justa contribui para melhorar a qualidade de vida.

Em meus atendimentos na clínica de psicologia, reparei que era muito difícil à maioria dos meus pacientes dizer um “não” bem colocado e que tal embaraço deixava-os frustrados e infelizes. Procurando fortalecê-los para que pudessem superar essa limitação, entrei em contato com minhas próprias fraquezas e percebi que eu mesma, inúmeras vezes, falhara em dizer “não”, mesmo ciente de que isso poderia me prejudicar.

Não é saudável, nem lógico, sacrificar o próprio bem-estar para agradar aos outros, mas infelizmente fazemos isso o tempo todo, porque não conseguimos dizer “não”.

Se nos encontramos nessa situação, devemos primeiramente perguntar sobre as motivações que nos levam a agir dessa forma e ponderar sobre os prejuízos ocasionados em nossa vida por esse comportamento.

Não obstante serem individuais as razões que levam cada pessoa a ter dificuldade de dizer “não”, podemos destacar alguns fatores que costumam tornar mais árdua a decisão, tais como:

– falta de coragem;
– não se considerar merecedor daquilo que o faz feliz;
– necessidade de agradar;
– mau desenvolvimento da autoestima;
– questões da infância mal resolvidas;
– experiências negativas ao longo da vida.

Daí a importância do autoconhecimento. Ele nos leva a acessar mais facilmente esses fatores limitantes — muitos dos quais atuam no inconsciente — e superar o medo de dizer “não”. O autoconhecimento é fundamental para que aprendamos a nos valorizar e a gostarmos de nós mesmos.

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Quem eleva a própria autoestima adquire autoconfiança para tomar as decisões certas e comunicá-las da forma mais clara possível aos interlocutores.

Um “não” adequado é, de fato, um grito de liberdade para quem o dá e para quem o recebe. Quem sabe fazê-lo torna-se mais forte ao mesmo tempo que mantém um relacionamento saudável com aqueles a quem a resposta negativa foi dada. Negar corretamente é ser assertivo e determinado, nunca agressivo.

Para se aprimorar nessa arte é necessário: compreender o verdadeiro valor de expressar a negação; fazer escolhas de maneira consciente; e saber lidar com as emoções. Sem isso, fica difícil entender a si mesmo e compreender as razões das próprias ações e consequentemente convencer a si e aos outros por que o “não” dito em determinada situação foi mais do que necessário.

Só é possível dizer “não” aos outros quando nos tornamos fortalecidos a ponto de conseguirmos dizer “sim” a nós mesmos.

Para isso, autorrespeito e autovalorização são essenciais. Quem respeita os próprios desejos e vontades, quem não menospreza os próprios sentimentos, coloca-se em primeiro lugar, sem culpa.

Sempre lembrando que se priorizar não significa agir de forma egoísta, sem ser empático.

É preciso saber equilibrar as próprias vontades e as necessidades dos outros para ficar mais próximo de uma vida feliz.

Mulher sorrindo e segurando um livro azul
Gislene Erbs é psicóloga, hipnoterapeuta e coach sistêmica (CAROL COSTA/DIVULGAÇÃO/Divulgação)

Gislene Erbs é psicóloga, hipnoterapeuta e coach sistêmica. Para ajudar as pessoas a se sentirem confortáveis a dizer “não” quando precisam, escreveu o livro Sim ou Não — A Difícil Arte de Colocar-se em Primeiro Lugar na Sua Vida.

A curadoria dos autores convidados para esta seção é feita por Helena Galante. Para sugerir um tema ou autor, escreva para hgalante@abril.com.br.

Publicado em VEJA São Paulo de 03 de maio de 2023, edição nº 2839

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