Na Mori Chazeria, pode-se apreciar uma longa lista de chás
Especialista no assunto, Patrícia Akemi abriu a casa no Paraíso
Descendente de japoneses, a administradora Patrícia Akemi só foi se apaixonar pela cultura oriental em uma viagem à Ásia em 2018. Logo depois, teve contato com a obra de Okakura Kakuzõ, O Livro do Chá, sobre a cerimônia que envolve a bebida milenar e sua relação com a cultura japonesa. Foi então que resolveu especializar-se no assunto.
Vários cursos depois mais um estágio em uma fazenda e loja de chás em Quioto, no centro-sul do Japão, em outubro de 2019, Patrícia resolveu ter uma casa de chá para chamar de sua. A Mori Chazeria, (mori, floresta em japonês) ocupa um sobrado branco que dispõe de um salão estreito e comprido com oito mesas desde a abertura, em 2021.
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Tem ainda uma pequena sala (quase escondida à direita de quem entra) com mesinhas baixas e almofadas no lugar de assentos para se sentar no chão, como se faz em muitos países asiáticos. No piso superior, ainda em finalização, fica uma varanda com vinte lugares para acomodar a clientela, principalmente aos sábados, quando não se encontram espaços vazios no térreo.
Pode-se apreciar uma longa lista de chás. Para simplificar a escolha, há diariamente uma pedida quente e outra gelada como destaque, que nem sempre entram no menu fixo e custam R$ 11,90 cada uma, com direito a refil. É o caso da infusão de cevada tostada com gelo. No menu, a primeira parte é dedicada a variações de chás verde e preto. O aromático sencha choco&mikan (R$ 14,90) é um blend de chá-verde com laranja, cacau e maçã. De sabor cítrico, deixa um gostinho de chocolate na boca.
A segunda parte da carta é voltada às infusões com frutas, ervas e flores. Dá para combinar, com a ajuda do atendente, a bebida com comidinhas da casa. Há wagashis (R$ 25,00), docinhos tradicionais japoneses de produção própria para comer com os olhos. Os nerikiris, em especial, são feitos com arroz glutinoso e feijão, recheados com pasta de feijão-branco. Coloridos, parecem massinhas de modelar.
Menos atrativos são os três sanduíches gelados no pão japonês shokupan, que lembra o de fôrma, porém com mais leite na massa. O clássico katsu sando leva porco à milanesa, repolho e molho agridoce. No tamago, entram maionese de ovo e fatias de pepino e, no obatian, tomate, pepino e maionese. Dá para pedir a versão míni de todos por R$ 19,90.
Avaliação: ✪✪✪ (BOM)
Rua Coronel Oscar Porto, 267, Paraíso. ☎ e 97153-6290 (50 lugares). 12h/17h30 (fecha dom. e seg.). @mori.chazeria. Aberto em 2021.
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Publicado em VEJA São Paulo de 1 de junho de 2022, edição nº 2791