Buddy Valastro, o Cake Boss, volta à capital com duas aulas-show e encontro com fãs
Em papo exclusivo, estrela da confeitaria fala sobre acidente sofrido durante a pandemia e o medo de perder o movimento da mão: "meu maior pesadelo"
Não sem atraso, o confeiteiro americano Buddy Valastro, 45, volta ao país para comemorar os cinco anos de inauguração de sua doceria paulistana, a Carlo’s Bakery.
A efeméride se completou em fevereiro, mas a vinda foi adiada por causa da pandemia — o carismático profissional do açúcar nascido em Hoboken, no estado de Nova Jersey, não vinha ao Brasil desde 2018.
Mundialmente famoso, esse descendente de italianos batizado Bartolo Valastro Jr. ganhou a fama por estrelar o reality televisivo Cake Boss, no qual mostrava o cotidiano de sua família e de seus negócios, no canal TLC, de 2009 a 2018. Ele ainda apresentou o programa Batalha dos Confeiteiros, na Record, em 2015.
Desde a inauguração da filial brasileira — a primeira fora dos Estados Unidos —, filas se formam em frente ao número 2182 da Rua Bela Cintra, e a espera para conseguir um cannolo, uma das guloseimas mais famosas, pode chegar a noventa minutos. A sociedade com o casal de paulistanos Marcos e Milah Kherlakian, firmada em 2016, prosperou.
A casa se multiplicou em outras cinco unidades na Grande São Paulo, três delas em shoppings, e virou rede. Essa coleção de endereços se soma a mais treze espalhados por terras norte-americanas, um deles no Canadá.
Ainda que não cheguem às cifras imaginadas por ele em 2015 (“nos próximos cinco anos, quero cinquenta pontos ao redor do mundo”, disse à época a VEJA SÃO PAULO), trata-se de uma façanha pela qual se sente grato. “A primeira coisa que me vem à mente quando penso no sucesso da marca é o meu pai. Ele estaria muito orgulhoso de ver tudo o que conquistamos”, revela Buddy, órfão aos 17 anos.
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Como parte da comemoração, o confeiteiro-celebridade tem um encontro agendado para a tarde do sábado, 18, com apenas dez fãs, com direito a acompanhante. A oportunidade vai se dar em uma hora de aula com ele, com tradução simultânea, na cozinha de produção da marca, em Pinheiros. O grupo aprenderá a fazer os já citados cannoli (tubos de massa recheados) e bolos extravagantemente decorados.
Para conseguir essa chance, a rede faz uma promoção à la A Fantástica Fábrica de Chocolate: é preciso achar um dos dez bilhetes dourados escondidos no interior dos bolos vendidos nas lojas até sexta-feira (17), por preços de 130 reais (dez fatias) a 230 reais (25 fatias).
Quem não tiver a chance do encontro quase íntimo poderá assistir a uma das duas aulas-shows gratuitas que ele vai ministrar na quinta (16). A primeira será no estacionamento do Internacional Shopping, em Guarulhos, às 10h, e a seguinte, no átrio do Shopping Eldorado, às 17h, onde a mais recente loja da Carlo’s Bakery foi inaugurada.
A organização diz que não é necessário se inscrever antecipadamente para ir a esses eventos, mas é preciso ficar atento. Em 2014, quando o confeiteiro se apresentou pela primeira vez na cidade, causou tumulto no mesmo Shopping Eldorado e até travou o trânsito na Marginal Pinheiros. Como se vê, Buddy é um pop star do glacê.
O retorno de Buddy à cidade ganha outro significado — o da superação — para quem sabe do drama vivido por ele durante a pandemia. Em setembro de 2020, Buddy teve a mão direita esmagada ao tentar consertar a máquina que empilhava pinos de boliche em sua casa. (Sim, o confeiteiro tem uma pista para praticar o esporte na mansão em Nova Jersey).
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“Meus filhos Buddy e Marco estavam comigo e cortaram a haste de metal. Eles salvaram a minha mão, mas preferia que não tivessem vivido isso”, conta emocionado. Ele sofreu danos nos nervos e foi submetido a quatro cirurgias e sessões de fisioterapia por oito meses.
Os médicos — e ele mesmo — temiam que o doceiro perdesse os movimentos de forma irreversível. “Pensar sobre essa possibilidade era meu maior pesadelo.” Felizmente, ele voltou a mexer os dedos.
Passado o período de apreensão, Buddy retomou a produção e preparou inclusive um bolo-réplica do hospital onde foi atendido. Era uma forma de agradecimento aos profissionais que o acompanharam durante a reabilitação e uma maneira de dizer: bola pra frente. Ou seria bolo pra frente?
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