Uma pesquisa intitulada Marathon Performance Across Nations, que usou um banco de dados de 2.195.588 resultados de corredores amadores em maratonas pelo mundo todo, comparou o desempenho entre 47 nações. Essa análise, que é a maior da história até hoje, colocou a Espanha no topo da lista (com 3:55:35 de média), seguida por Portugal (3:59:04) e Luxemburgo (4:00:46). O Brasil ocupa a 33ª posição, com a média de 4:21:21, à frente dos Estados Unidos (4:29:31), Reino Unido (4:32:24) e Japão (4:40:14), entre outros.
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Somos maratonistas lentos? Não dá para rotular. A corrida é um esporte que não para de crescer e tem muita gente praticando, mas por aqui a maioria busca apenas melhorar a qualidade de vida. Performance é outra história. No Brasil ainda está se criando uma cultura em torno da mítica distância e consequentemente por despertar o gosto por bom desempenho. Temos que inicialmente fortalecer as bases, incentivando a evolução lenta e gradual com corridas de 5K, 10K e 21K – para só então melhorar o número e o nível de participantes nos 42K.
Muita gente pode estranhar ver os Estados Unidos, um país tão running, apresentar uma média tão baixa no estudo. Isso acontece porque, apesar das inúmeras provas por todo o país, eles têm milhares de atletas particiando.
A formação de novos maratonistas leva tempo. Bato palmas para quem decide encarar os 42K apenas para participar, sem se preocupar com o cronômetro. De qualquer forma, tem de treinar – e treinar direito. Pode finalizar a prova no tempo que for, desde que tenha se preparado. Disso ninguém pode abrir mão. Maratona é assunto sério, exige dedicação e não apenas vontade de participar. Vamos pensar primeiro nisso antes de querer falar de performance.
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