Aos 82 anos, Eugênio Marraccini madruga todos os dias para alimentar os gatos do Parque da Independência, no Ipiranga, bairro onde mora desde a infância. Hoje, segundo ele, cerca de quarenta animais vivem ali, muitos deixados pelos donos. “É uma crueldade, o mesmo que abandonar uma criança”, diz. O aposentado chama os bichanos assobiando trechos de músicas de compositores como Puccini e Verdi.
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Leva ao parque de 7 a 8 quilos de ração superpremium. Às vezes, faz um agrado a mais com músculo ou alcatra – certa vez, ladrões chegaram a roubar as carnes. Após mais de cinco décadas na atividade, Marraccini conhece todos os bichos da área e lhes dá nomes do naipe de Robertinho.