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Por dentro da obra >pintura a óleo, sem título (2010), Mariana Palma

Artista paulistana sobrepõem elementos e promove encontros pouco comuns em suas telas

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 fev 2020, 07h00 - Publicado em 14 fev 2020, 06h00

A paulistana Mariana Palma apresenta cinquenta fotos, aquarelas e pinturas na mostra Lumina, no Instituto Tomie Ohtake, a partir do dia 18. Uma das telas, vista abaixo, traz as sobreposições de texturas bastante exploradas pela artista.

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Tecidos, janelas, plantas e paredão azul: sobreposições de Mariana Palma (Everton Ballardim/Divulgação)

ESCOLHAS BOTÂNICAS “Eu me inspiro mais nas espécies da Mata Atlântica, porque reconheço nelas a colagem e a sobreposição de elementos que também estão presentes no meu trabalho. Trata-se de um diálogo com o pensamento contemporâneo, que parece empilhar um número sem fim de ideias”, explica a artista sobre a flora de suas obras.

JANELA OPACA Na composição tomada por folhas, raízes, tecidos e padrões que lembram a azulejaria portuguesa, as duas janelas poderiam parecer um oásis onde podemos “respirar” visualmente. Mas não. Inspiradas em modelos que podem ser vistos em Veneza, na Itália, elas trazem mais informações de uma paisagem nublada verde e azul.

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MAIS PERTO DO AZUL Se você leu “lembram a azulejaria portuguesa” no item acima e imaginou algo tradicional, prepare-se para uma surpresa. Na verdade, esse paredão azul partiu de formas de ralos de banheiro que a artista comprou em lojas da capital paulista. Elas funcionaram como máscaras de estêncil na hora de fazer a pintura.

CORPOS TÊXTEIS O sentimento de asfixia que domina a tela (encontre um espacinho vazio para olhar) é acentuado pelos corpos de tecidos com cores e estampas variadas. “Minhas referências vêm de fotos de moda. Pego uma manga de um vestido, a perna de uma calça e por aí vai, é como um cubismo têxtil”, detalha a artista.

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