Uma ópera sem público no Teatro Municipal, eis a nova peça de Grace Passô
Espetáculo, em vídeo, tem estreia prevista para primeira quinzena de novembro no Festival Brasil Cena Aberta

O projeto Ficções Sônicas, da atriz, diretora e dramaturga Gracê Passô, prevê vários braços. O primeiro deles, uma instalação sonora, está em exibição na trigésima quarta Bienal de São Paulo. O segundo, uma peça teatral em formato online com 50 minutos de duração, deve estrear na primeira quinzena de novembro no festival Brasil Cena Aberta.
“Todos esses capítulos têm uma pesquisa relacionada ao som e às experiências de negritude no Brasil”, explica Grace Passô, que assina a direção e texto do espetáculo, que se passa no Teatro Municipal. “Esse prédio tão importante para São Paulo funcionou para gente como uma locação. Gravamos dentro dele e fora, trazendo também a situação das pessoas em vulnerabilidade social, o que é muito importante para compreendermos a cidade”, acrescenta.
Sobre a história vista na peça, ela diz: “Estão em cena artistas de diferentes linguagens, artes plásticas, música, dança, os quais no meio da pandemia resolvem ensaiar mesmo sem público, o que aponta para performance como uma necessidade vital, como aquilo que nos coloca em movimento.”
Um dos integrantes do projeto é Lucas Andrade, que complementa: “É uma espécie de ópera sem público.” O ator e artista plástico também traz outra informação sobre a peça: “Todo elenco é negro, o que nos leva a pensar questão racial, um aspecto social muito importante, sobretudo, na pandemia.”
Também integram o elenco de Ficções Sônicas II o cantor Novíssimo Edgar e a bailarina Sylvia Kamilla. Também é importante dizer que Aline Vila Real assina a assistência de direção e dramaturgia.
Obrigada pela visita. Você pode conferir mais informações sobre artes visuais Instagram da crítica de arte e repórter Tatiane de Assis.