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Em Manto (acima; 2019), do artista Luiz Escañuela, a costa litorânea do Brasil é ocupada por um pedação de pele, que lança sua veias e artérias para dentro do território. “O título é uma metáfora, a pele ali é uma espécie de coberta, com suas diferentes cores, também representa as diferentes matrizes étnicas que formaram o país”, elucida o paulistano, que mantém um ateliê em sua casa, em São Caetano do Sul.
A escolha da pele também se deve à vastidão e importância desse órgão para a proteção do corpo humano. “A pele também se relaciona com a passionalidade, com a relação afetiva”, detalha Escañuela, que com esse trabalho consolida uma guinada na forma com que trabalha o hiperrealismo na pintura. “Não quero ficar refém da verossimilhança, quero trazer outras histórias, fazer uma relação entre macro e micro”, afirma.
No quadro de referências do paulista, ganha evidência o trabalho da carioca Adriana Varejão. “Ela coloca a anatomia humana em justaposição à geometria e discute, dentre outros assuntos, a colonização”, explica o paulista. Atento ao poder de divulgação de artistas nas redes sociais, ele tem no Instagram mais de 242 000 seguidores, quem quiser acompanhá-lo por lá, o perfil é @luizescanuela. Abaixo, fique com mais fotos do trabalho e um vídeo.
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