Leonor Antunes leva curvas metálicas para Casa de Vidro
Artista portuguesa também expõe suas obras para mostra no Masp, com curadoria de Amanda Carneiro e Adriano Pedrosa
Tiras de aço polido serpenteiam nove hastes que são o corpo da série de esculturas Lygia (acima; 2019), criada pela portuguesa Leonor Antunes na Casa de Vidro. As estruturas seduzem os visitantes por suas curvas, que estimulam o movimento ao redor delas, como se fosse um vício persegui-las. O brilho do material também captura olhares curiosos, que buscam ver naquelas chapas o reflexo da vegetação que abraça o lar desenhado por Lina Bo Bardi (1914- 1992). Leonor parece intuir essa última reação e propõe algo menos reto. É preciso deixar-se invadir pela transparência das janelas e a sensação de semissuspensão para dar conta do que se vê lá fora. É ainda necessário voltar às fotos antigas da morada, oferecidas pelo serviço educativo do espaço cultural, e observar as estantes da biblioteca de Lina e seu marido, Pietro Maria Bardi. Foram elas que inspiraram a artista, que desdobrou sua pesquisa em outra mostra, também em cartaz em São Paulo, no Masp.
Casa de Vidro
Rua General Almério de Moura, 200, Morumbi, ☎3744-9902. Quinta a sábado, visitas guiadas às 10h, 11h30, 14h e 15h30, para grupo de quinze pessoas. Chegar com 10 minutos de antecedência. R$ 30,00. Até 14 de março.