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Exposição no Masp aborda epidemia de aids nos anos 80 e 90

Ativismo artístico de 'Gran Fury: arte não é o bastante' inaugura programação voltada para diversidade LGBTQIA+ no museu

Por Mattheus Goto
Atualizado em 23 fev 2024, 18h22 - Publicado em 23 fev 2024, 06h00

O Masp dá o pontapé inicial na sua programação de 2024, pautada pelas Histórias da Diversidade LGBTQIA+, com Gran Fury: arte não é o bastante. A mostra fala sobre o coletivo de artistas que produziu campanhas gráficas e intervenções públicas da organização ACT Up (sigla em inglês para Coalizão da Aids para Libertar o poder), dedicada a denunciar a negligência do governo norte-americano sobre o HiV/aids nos anos 80 e 90.

O grupo, que virou referência na prática de ativismo artístico, se autodescrevia como “um bando de indivíduos unidos na raiva e comprometidos a explorar o poder da arte para acabar com a crise da aids”. Os integrantes se recusavam a ser considerados artistas e fugiam de espaços artísticos tradicionais.

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“Você tem sangue nas mãos, Stephen Joseph (então chefe do Departamento
de Saúde de Nova York). A queda nos números da aids é uma mentira letal” (The Kitchen, nyc/Divulgação)

Estão reunidas, no primeiro subsolo do museu, 77 obras, entre fotocópias e impressões digitais sobre papel, usadas em ações e protestos. O título da exposição veio da frase de um cartaz que diz “Com 42 000 mortos, arte não é o bastante. Engaje-se na ação direta e coletiva para acabar com a crise da aids”. A peça foi capa do calendário do The Kitchen, instituição independente de arte experimental e performance.

Outro exemplo é “Beijar não mata: ganância e indiferença, sim. A ganância corporativa, a inação governamental e a indiferença pública fazem da aids uma crise política”.

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Com o uso de códigos visuais e semânticos semelhantes ao da Benetton, grife de roupas italiana conhecida pelo ar de sedução, a campanha foi instalada como painel nas laterais de ônibus e nas estações de metrô em São Francisco, Chicago, Nova York e Washington D.C., nos Estados Unidos.

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Peça com denúncia (The Kitchen, NYC/Divulgação)

Além de chamar atenção, ela também quebrava o mito de que o vírus poderia ser transmitido pela saliva. o coletivo encerrou suas atividades em 1995 e seu arquivo encontra-se na Biblioteca Pública de Nova York.

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Masp — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Avenida Paulista, 1578, ☎ 3149-5959. → Ter., 10h/20h. Qua. a dom., 10h/18h. R$ 60,00 (grátis às terças). Até 9/6. masp.org.br.

Publicado em VEJA São Paulo de 23 de fevereiro de 2024, edição nº 2881.

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