Brasil participa da Bienal de Design de Londres
Preocupação com desmatamento orienta instalação apresentada no evento
O baiano Waldick Jatobá, idealizado e diretor da feira MADE, assina a curadoria do pavilhão brasileiro em sua estreia na Bienal de Design de Londres, que será realizada de 4 a 23 de setembro. Apesar da pouca idade, o evento, criado em 2016, é tido como uma potente vitrine. Arquitetos, artistas, designers e críticos de quarenta países se encontram por lá.
Em seu debut, o Brasil leva para território inglês uma instalação que remete à preocupação diante do desmatamento. “A ideia é construir uma espécie de portal para floresta, que faça as pessoas refletirem”, afirma Jatobá.
O trabalho, assinado pelo designer David Elia, que nasceu no Rio de Janeiro, tem como matéria-prima troncos de madeira certificada, vindas da Europa. A espécie principal é o eucalipto. Com as toras, ele vai construir um paredão onde serão projetadas imagens e também bancos, onde os visitantes poderão se sentar.
O papel de parede da sala será inspirado na cadeira Desmatamento (2013), também de autoria do designer. Nessa peça, ele evoca a riqueza de texturas e formas da flora da Mata Atlântica.