Canal Amigo Gringo comemora dez anos de sucesso no YouTube

Criado pelo jornalista americano Seth Kugel, que virou “Sete” no Brasil, o canal de YouTube Amigo Gringo está comemorando uma década de sucesso e é pioneiro em apresentar uma visão de um estrangeiro sobre o Brasil nas redes sociais.

Kugel, colunista de viagens do diário The New York Times e morador da capital paulista que fala português fluente, devota-se ao fascínio de estrangeiros pelo nosso país na nova temporada, sempre com humor. O canal acumula mais de 579 000 seguidores e um total de 67 milhões de visualizações.

Depois de sua criação, não param de surgir gringos, ops!, forasteiros focados na mesma temática. São personagens empenhados em traduzir on-line diferenças culturais, formas de comportamento e peculiaridades de língua estrangeira, em especial do inglês.

Ao longo dos dez anos, o vídeo mais visto é o divertidíssimo Gringos experimentam comidas brasileiras, com mais de 2 milhões de visualizações desde o lançamento em 2016.

Aliás, a gastronomia é um dos temas essenciais do canal e, nesse episódio, os convidados de Seth provam itens como suco de caju e pão de queijo (queimado por baixo e ainda assim adorado). O pequi puro não passa na aprovação (não é para ser apreciado dessa forma, né Seth?).

3 perguntas para Seth Kugel

1. Nós nos conhecemos quando você fez um artigo sobre gastronomia paulistana para o New York Times e me entrevistou. Por que escolheu São Paulo para morar?

Em 2008, tinha 38 anos e nunca tinha vivido fora dos Estados Unidos. Na época, o GlobalPost, me ofereceu trabalho como correspondente no Brasil. Tinha conhecido e gostado muito de São Paulo, que lembrava Nova York, onde morava desde 1992. Sei que talvez para paulistanos que adoram visitar Nova York é meio absurdo, mas a vibe, como um centro nacional e internacional de comércio, cultura e gastronomia é muito parecida.

2. O churrasco do Brasil continua o sucesso culinário nos EUA?

Brasil é só churrascaria, elas são um grande sucesso! As culinárias que a gente conhece com algum nível (nem tão alto) de sofisticação continuam sendo: a francesa, a italiana, a mexicana, a chinesa, a japonesa e a tailandesa.

3. Com os rankings internacionais, São Paulo se tornou uma cidade gastronômica para os norte-americanos?

Como eu diria isso de uma forma que não vai ofender os paulistanos? Bom, não é possível. Se deixarmos de fora as pessoas realmente cosmopolitas e a comunidade de chefs e obcecados com a gastronomia, a resposta só pode ser “não.”

Publicado em VEJA São Paulo de 04 de outubro de 2024, edição nº 2913.

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