Laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) apontou que o estudante Humberto Moura Fonseca era cardiopata e morreu de enfarte, possivelmente causado pelo excesso de bebida alcoólica que ele consumiu durante uma competição realizada na festa universitária Inter Reps. O evento aconteceu no último sábado (28), em Bauru, no interior de São Paulo.
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Os legistas constataram que o estudante era portador de doença cardíaca – tinha o coração dilatado e estreitamento nas coronárias – e que o consumo exagerado de álcool pode ter potencializado o problema, reduzindo a circulação do sangue e causando. “É muito provável que o consumo excessivo de álcool tenha potencializado a doença pré-existente”, disse o diretor do IML de Bauru, Roberto Carlos Echeverria.
Estudante do curso de engenharia elétrica, Fonseca entrou em coma após ter bebido, segundo a polícia, 25 doses de vodca. Outras três pessoas que participavam da “competição” foram internadas. Duas delas receberam alta. Apenas a estudante Gabriela Alves Correa, de 23, continua internada. Todos os estudantes são da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, que abriu sindicância para apurar o caso.
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O delegado Kleber Granja, que preside o inquérito, disse que o resultado do laudo não muda a linha das investigações e a concepção da polícia de que os organizadores da festa assumiram os riscos ao realizá-la sem alvarás para comercializar bebidas alcoólicas e não oferecer estrutura adequada de socorro aos frequentadores.
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Segundo Granja, por enquanto apenas os estudantes Luís Henrique Menegatti, de 22, e Gabriel Juncal Pereira, de 25, também da Unesp, são apontados como organizadores da festa e poderão responder, ao final do inquérito, por crimes de homicídio com dolo eventual (quando não tem intenção, mas se assume o risco) e três lesões corporais, também com dolo eventual. O delegado se recusou a passar detalhes da investigação em função do segredo de justiça. Granja disse que decidiu decretá-lo “para garantir o bom andamento do inquérito” (Estadão Conteúdo).