TRF concede habeas corpus e Nuno Cobra deixa prisão
Preparador físico de 79 anos foi condenado por violação sexual mediante fraude por um caso acontecido em 2015
Detido há três dias, o preparador físico Nuno Cobra Ribeiro, 79 anos, deixou a prisão na noite desta quinta-feira (14). O Tribunal Regional Federal da 3.ª região (TRF) acatou o pedido de habeas corpus da defesa.
Cobra foi condenado por violação sexual mediante fraude por um caso acontecido em 2015. O processo relata que Cobra tocou os seios, pernas de uma passageira de 21 anos que voava ao lado dele em uma aeronave. Como pretexto, ele teria dito que, ao vê-la, o formato do corpo dela despertou energias que ele não sentia há muito tempo.
Caso semelhante foi levado por uma jornalista ao Ministério Público Federal este ano. Em depoimento, ela afirmou que Cobra, sob pretexto de se despedir depois de uma entrevista, apertou suas nádegas e esfregou-se nela. A segunda denúncia em meio ao processo inicial foi incluída entre os motivos do pedido de prisão preventiva.
A pena, inicialmente, era de 3 anos e 9 meses de prisão em regime aberto. Mas o Ministério Público Federal pediu a prisão do preparador físico “sob fundamento da garantia da ordem pública”. Em decisão, a juíza Raecler Baldresca, da 3.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, anotou que “a ousadia do réu não tem limites, o que exige sua retirada do convívio em sociedade até que os fatos narrados sejam apurados”.
Nesta quarta (13), uma terceira vítima de Cobra prestou depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) sobre crimes sexuais supostamente praticados pelo preparado. Ela relatou aos investigadores ter sido atacada durante um evento em Ribeirão Preto. O caso deve ser apurado pelo MP estadual na cidade.
(com Estadão Conteúdo)