A Prefeitura de São Paulo liberou o trânsito na Ponte da Casa Verde na manhã desta quarta (22) na Zona Norte da capital paulista. O local estava com uma faixa interditada desde fevereiro, quando teve a parte inferior da estrutura atingida por dois caminhões.
A ponte passa por obras emergenciais desde 25 de fevereiro, recomendadas por um laudo técnico. Agora está recebendo cabos de aço, que são instalados na viga de apoio da estrutura. A “recomposição” das duas vigas danificadas está concluída.
O custo estimado é de 2,2 milhões de reais. “Não estamos entregando a ponte completa, é apenas a liberação, porque não há a necessidade, hoje, de continuar fazendo as intervenções com ela interditada”, disse o prefeito, Bruno Covas (PSDB).
A estrutura é uma das dezesseis pontes e viadutos da cidade avaliados por técnicos contratados de forma emergencial em janeiro. Segundo a Prefeitura, metade dos laudos, inclusive da Casa Verde serão entregues e divulgados ainda nesta quarta (22) e definirão as próximas intervenções a serem feitas.
“O laudo serve exatamente para isto: apontar para a Prefeitura se há necessidade de alguma obra emergencial, se há a necessidade de alguma obra que pode ser de uma forma não emergencial (com licitação), para poder garantir a segurança das pessoas que utilizam as pontes e viadutos”, explica Covas. “O laudo, de uma vez por todas, dá a garantia para a população da real situação que estão essas pontes e viadutos.”
Hoje, outras estruturas do tipo seguem interditadas na cidade. Uma delas é a ponte da Marginal do Tietê que dá acesso à Via Dutra, interditada desde 23 de janeiro e que deve ter as obras emergenciais entregues em 25 de junho.
Já a Ponte da Freguesia do Ó, na Zona Norte, deve ser totalmente aberta para o tráfego em 13 de junho, estando com uma faixa fechada desde 11 de março. O Viaduto General Olímpio da Silveira no centro expandido, segue com a circulação restrita para veículos com menos de cinco toneladas por tempo indeterminado.
O Plano de Metas da gestão Covas prevê a inspeção de 185 pontes, viadutos, passarelas e túneis, além da manutenção e recuperação de cinquenta dessas estruturas. Do total, 73 foram vistoriadas, das quais dezoito tiveram laudos estruturais emergenciais. Segundo Covas, devem ser contratadas as empresas que farão a avaliação de outras dezessete pontes e viadutos ainda neste mês.
Em março, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública na Justiça para que a Prefeitura impeça ou restrinja a circulação de veículos em pontes e viadutos em situação de “grave risco”. “Nós entendemos que é uma cautela excessiva e que isso vai causar um prejuízo muito grande à cidade”, justifica Covas.