Em posse, Suplicy afirma querer dialogar com MPL e black blocs
Ex-senador e ex-ministro Alexandre Padilha foram empossados nesta segunda-feira (2) na Prefeitura de São Paulo
Empossado secretário de Direitos Humanos e Cidadania na manhã desta segunda-feira (2), Eduardo Suplicy fez um discurso conciliador na sede da Prefeitura de São Paulo, no centro. Em sua fala, afirmou estar de portas abertas para o diálogo, inclusive com o Movimento Passe Livre (MPL) e com os black blocs. O MPL realiza nesta terça-feira (3) o sétimo ato contra o aumento da tarifa na capital.
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“Eu quero conclamar a todos os movimentos, de moradia, de passe livre, black blocs, LGBT, imigrantes e afrodescendentes. Como secretário dos Direitos Humanos e Cidadania estou de portas abertas e disposto a dialogar”, disse o ex-senador. Suplicy afirmou, porém, ser contrário à violência que marcou algumas manifestações. “Todos têm direito de conversar, mas ouvirão de mim a recomendação de agirem de forma civilizada e com bom senso.”
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A cerimônia, que também marcou a posse de Alexandre Padilha na secretaria de Relações Governamentais, lotou o saguão de entrada da Prefeitura. Além de integrantes de movimentos sociais e da militância do Partido dos Trabalhadores, que ovacionaram Suplicy após o discurso, estavam presentes o diretor teatral Zé Celso Martinez Corrêa, o ator Sérgio Mamberti e os ministros Ideli Savatti, dos Direitos Humanos, e Arthur Chioro, da Saúde. Os filhos de Suplicy, os músicos João e Supla também participaram da cerimônia. Os dois novos secretários foram muito assediados pelos presentes, que fizeram fila para abraçá-los e tirar fotos.
“Esperem de mim um secretário de muita humildade, para escutar e conversar”, disse Padilha. Ele assume a pasta após perder a eleição para o governo do estado e será responsável por fazer a ponte entre o executivo e os vereadores da capital, para os quais mandou um recado. “Terei uma relação respeitosa, mas se vierem com briga, aviso que sou neto de caipira. Como diria meu avô, dou um boi para não entrar em uma briga e uma boiada para não sair.”