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SP zera imposto para compra pública de absorventes a mulheres carentes

Item faz parte de uma série de benefícios fiscais adotados pelo governo do estado

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 dez 2021, 16h56 - Publicado em 30 dez 2021, 16h56
A imagem mostra itens de higiene feminina, como absorventes.
Isenção vale para absorventes íntimos femininos, internos e externos, tampões higiênicos, coletores e discos menstruais, calcinhas absorventes e panos absorventes íntimos (Unsplash/Natracare/Divulgação)
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O governo do estado de São Paulo zerou o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado na compra pública absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade social.

A medida consta de um decreto publicado no “Diário Oficial do Estado” na quarta-feira (29).

Segundo o documento, assinado pelo vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que ocupa o cargo de governador na ausência de João Doria (PSDB), a medida vale para operações envolvendo absorventes íntimos femininos, internos e externos, tampões higiênicos, coletores e discos menstruais, calcinhas absorventes e panos absorventes íntimos.

O benefício vale apenas para órgãos federais, estaduais e municipais que fizerem a compra e não abrange o setor privado.

Segundo o governo estadual, São Paulo foi pioneiro no combate à chamada pobreza menstrual, ao lançar, em junho deste ano, o Programa Dignidade Íntima. Ele consiste na distribuição de produtos de absorventes nas escolas da rede estadual.

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“Em todo estado foram beneficiadas mais de 1 milhão de estudantes entre 10 e 18 anos, sendo que a prioridade foram as jovens das camadas mais vulneráveis”, informa o governo estadual.

Embate
A medida adotada em São Paulo ocorreu de forma paralela às discussões no Congresso Nacional sobre o assunto. Em agosto deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei da deputada federal Marília Arraes (PT-PE) sobre o assunto. O texto do PL 4968/19 foi aprovado em setembro pelo Senado Federal.

Entretanto, um mês depois, em outubro, ele foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida de Bolsonaro foi apoiada inclusive pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

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