Seu Miagui serve receitas japonesas em versão para petiscar

Tão logo emplacam uma casa, muitos empresários da noite paulistana se apressam em abrir outra. A lógica: aproveitar o sucesso da primeira para criar a badalação em torno da seguinte. Deu-se assim o burburinho inicial do Seu Miagui, inaugurado no Itaim quase dois meses atrás por sócios do Blá, que funciona nos Jardins. Embora conceitualmente diferentes, ambos os endereços atraem público semelhante, formado por turmas de jovens e solteiros.

Com clima de boteco ajeitado e influência oriental — repare nas luminárias feitas de garrafas de saquê —, o Seu Miagui inspira-se no personagem Senhor Miyagi, papel de Pat Morita no filme “Karatê Kid” (1984). Na decoração, chama atenção um pôster autografado por ele e pelo ator Ralph Macchio, o Daniel-san.

O barato do cardápio é a maneira de apresentar os pratos japoneses: eles surgem em versões para petiscar e dispensam o uso dos hashis. Para começar, peça o mix de salgadinhos (R$ 6,00), como o de ervilha com raiz-forte — picante na medida para escoltar o chope (Itaipava, R$ 5,90). O sashimi de salmão e atum (R$ 28,00 a porção) vem cortado em cubos e na companhia de pequenos garfos de madeira. Falta, no entanto, incrementar a oferta de peixes. Prove ainda a delicada trouxinha frita recheada de camarão (R$ 22,00; oito unidades).

Há uma promessa dos donos de ampliar a carta de saquês, por enquanto limitada a três rótulos — o nacional Azuma Kirin (R$ 16,00 a dose) e os californianos Gekkeikan Silver (R$ 20,00 a dose) e Gekkeikan Black & Gold (R$ 26,00 a dose). Quem vai em grupo pode dividir o saquê da casa (Azuma Kirin), oferecido numa estilosa garrafa mergulhada num balde de gelo (R$ 80,00; 700 mililitros). Aos domingos, uma banda comanda um animado karaokê.

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