Sergio Guizé lança sua primeira mostra de telas abstratas
Solteirão da vez, o ator conta que, mesmo com o desgaste do trabalho, tem adorado criar seus personagens
O ator paulista Sergio Guizé conheceu a fama e viu sua rotina ser modificada nos últimos quatro anos. Protagonista de três novelas na Rede Globo, Saramandaia (2013), Alto Astral (2014) e Êta Mundo Bom! (2016), o intérprete de 37 anos se mudou para o Rio de Janeiro e, introspectivo por essência, encontrou uma produtiva motivação para ficar em casa, a pintura.
“Consegui transformar a solidão que senti nesse período em telas”, conta ele, que é formado em artes plásticas pela Fatea, de Santo André, sua cidade natal. Vinte dos quadros produzidos nessa safra, na maioria abstratos, formam a exposição Coração Selvagem, a primeira individual de Guizé, que será aberta na segunda (29), às 20 horas, no Teatro e Bar Cemitério de Automóveis, na Bela Vista.
São telas a óleo, acrílica e aquarelas inspiradas em seus personagens, canções como as da banda de rock Ira! ou livros recém-descobertos, no caso o romance O Túnel, de Ernesto Sabato. Nas folgas da Rede Globo, o ator rodou sete filmes, dois deles na Europa, e pintou paisagens de Lisboa e Paris. As obras estarão à venda por valores entre 2 000 e 5 000 reais.
Guizé também voltou aos palcos em abril diante de uma plateia seleta. A peça Oeste Verdadeiro pode ser vista de sexta a domingo no Teatro e Bar Cemitério de Automóveis, que comporta apenas 36 pessoas por sessão. “Queria trabalhar de novo com meus amigos e não pensei em dinheiro”, afirma.
Na TV, o ator está escalado para O Outro Lado do Paraíso, a próxima trama das 9, com estreia prevista para outubro. Depois de três mocinhos, Guizé promete enterrar a imagem do ingênuo Candinho de Êta Mundo Bom! na pele de um sujeito machista e agressivo. “Novelas são desgastantes, sofro de dores no estômago, mas fico feliz de ter conquistado liberdade para criar meus personagens”, garante ele, o solteiro da vez, depois de um namoro de dois anos e meio com a atriz Nathalia Dill.