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Rodrigo Hilbert dá lição em caso Arthur do Val: ‘É problema nosso, sim’

O apresentador usou as redes sociais para fazer um chamado aos homens após episódio envolvendo deputado estadual

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
7 mar 2022, 15h44

O apresentador Rodrigo Hilbert decidiu se pronunciar sobre as falas machistas do deputado estadual Arthur do Val (Podemos). Os áudios vazados na internet mostram o parlamentar proferindo falas sexistas sobre as mulheres ucranianas.

“São tantos horrores verbais, é tanta violência, que fica difícil detalhar todas elas. Como homem, como alguém que todos os dias aprende sobre as brutais violências que mulheres passam nesse mundo, acho que calar é compactuar com esse estado brutal de coisas. Palavras importam, palavras ferem, palavras oprimem e até matam. Mas palavras também libertam quando usadas corretamente”, disse Hilbert.

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“Passou da hora da gente se implicar nessa batalha pra acabar com tanta violência contra mulheres. Frases como ‘tour da loira’, ‘elas são fáceis porque são pobres’ não fazem o menor sentido. Como não faz sentido ele justificar o injustificável dizendo que fez uma molecagem. ‘Sou homem, sou jovem’, ele seguiu explicando. Ser homem e ser jovem não é explicação para falar atrocidades. ‘Ah, mas foram jogadas no grupo de mensagem dos caras do futebol’, ele disse. Pois é justamente nesse ambiente que podemos fazer a diferença. É justamente nesse lugar cheio de toxicidade que a gente pode se agigantar e lutar a nossa parte nessa luta”, prosseguiu. 

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Rodrigo Hilbert disse que é preciso que os homens não compactuem com comportamentos machistas quando estão entre amigos. “É não calando nem mesmo com seus chapas. É tomando a frente e se manifestando quando vê um amigo falar violências e aberrações. Como você se comporta quando está com amigos e escuta uma piada machista? Você ri? Você aplaude? Você repassa? Como você se comporta quando vê um conhecido ser violento com a namorada, amiga, mulher? Você se mete? Você chama o cara de lado e conversa? Ou você vira para o outro lado e finge que nada está acontecendo? E dentro de casa? Quando você fala com as mulheres da sua vida você aumenta o tom de voz? Você as interrompe com frequência? Você vira um cara totalmente diferente quando está entre seus brothers?”

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“Todas essas violências fazem parte de uma mesma estrutura machista que, lá na frente, pode desaguar em estupros e mortes. Acho que precisamos nos fazer essas perguntas e, a partir de respostas honestas, nos olhar no espelho. A violência contra a mulher é um problema nosso sim. É um problema muito nosso.”

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