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Conselho de Ética recebe pedido de cassação do mandato de Arthur do Val

Ação acontece após falas do deputado, que afirmou, entre outras coisas, que as mulheres ucranianas "são fáceis porque são pobres"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 7 mar 2022, 12h56 - Publicado em 7 mar 2022, 09h33

Nesta segunda-feira (7), o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo recebe representações que pedem a cassação do mandado de deputado de Arthur do Val (Podemos), conhecido como Mamãe Falei.

As representações foram protocoladas n domingo (6), pouco tempo depois de as declarações do deputado sobre as mulheres ucranianas se tornarem públicas. Entre as falas, Arthur do Val afirmou que as mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”.

De acordo com o regime da Alesp, após receber a representação, o Conselho envia o documento para a Secretaria Geral Parlamentar, órgão responsável por instaurar o inquérito.

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Na abertura do processo, Arthur do Val terá cinco sessões do plenário, em cinco dias, para se defender. Logo depois, marca-se uma reunião do Conselho. Os membros decidem, então, se aceitam ou não a representação.

Em caso positivo, o deputado tem mais cinco sessões para outra defesa. Depois, o relator vota e os membros do Conselho podem decidir sobre as penalidades a serem aplicadas, como advertência, censura verbal ou escrita, perda temporária do mandato ou perda de mandato. Nos últimos dois casos, ainda é preciso que a decisão seja aprovada pela Mesa Diretora da Casa.

Após a deliberação do Conselho, a decisão segue para votação em plenário, que precisa de maioria simples para ser aprovada.

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Entenda o caso

O deputado estadual de São Paulo Arthur do Val (Podemos), conhecido como Mamãe Falei, teve áudios vazados sobre sua viagem para a Ucrânia. O parlamentar foi ao país para supostamente ajudar a resistência ucraniana contra a invasão russa.

Nos áudios, as mensagem atribuídas ao deputado dizem que as refugiadas ucranianas são “fáceis porque são pobres“. O deputado também afirma que “a fila das melhores baladas do Brasil não chega aos pés das filas de refugiados“. Na última postagem feita pelo parlamentar, ele afirma estar voltando para o Brasil.

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“Vou te dizer, são fáceis, porque elas são pobres e aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas ‘minas’, em dois grupos de ‘mina’, e é inacreditável a facilidade”.

“Só vou falar uma coisa para vocês, acabei de cruzar a fronteia a pé aqui, da Ucrânia com a Eslováquia. Eu juro, nunca na minha vida vi nada parecido em termos de ‘mina’ bonita. A fila das refugiadas… Passei agora, 4 barreiras alfandegarias, duas casinhas pra cada pais. Eu contei, são doze policiais deusas. Que você casa e faz tudo que ela quiser. Eu estou mal cara, não tenho nem palavras para expressar. Quatro dessas eram minas que você se ela cagar você limpa o c* dela com a língua, inacreditável”, diz a mensagem de áudio.

Ouça os áudios:

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Pedido de desculpas

Após a repercussão do caso, Arthur do Val se retratou e pediu desculpas. “Os áudios que vazaram de uma conversa privada com amigos são lamentáveis”, começou ele. “Não são corretos com as mulheres brasileiras, ucranianas e com todas as pessoas que depositam confiança em meu trabalho e, por isso, peço desculpas”. Ele também retirou sua pré-candidatura ao governo de São Paulo.

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