Do thriller “Gosto de Sangue” (1984) ao faroeste “Bravura Indômita” (2010), os irmãos Joel e Ethan Coen traçaram uma trajetória incomum no cinema norte-americano: admirada tanto pela crítica quanto pela indústria, a dupla transitou por vários gêneros sem abandonar um estilo marcante. Essa filmografia sortida, e de muitos acertos, poderá ser revista a partir desta sexta (10) na mostra “Irmãos Coen – Duas Mentes Brilhantes”, no CineSesc.
O ciclo, com curadoria e coordenação geral de Fernanda Teixeira, exibirá todos os quinze longas-metragens dos realizadores no formato original, em 35mm. A programação ainda inclui um curso ministrado pela jornalista e crítica Neusa Barbosa.
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Nas últimas três décadas, os Coen se tornaram uma referência incontornável tanto para diretores independentes quanto para a Hollywood dos anos 90 e 2000. As primeiras obras, como a comédia “Arizona Nunca Mais” (1987) e o noir “Ajuste Final” (1990), ganharam status cult e ressaltaram a versatilidade do duo. O delirante “Barton Fink”, de 1991, venceu a Palma de Ouro em Cannes.
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O universo Coen se desenvolveu por completo em fitas como “Fargo” (de 1996, indicada ao Oscar) e “O Homem que Não Estava Lá” (2001), que transportaram o público a uma atmosfera de humor negro e mal-entendidos, onde personagens comuns se descobrem à mercê do acaso, impotentes diante de situações extraordinárias.
A fase mais recente é também a de maior prestígio – ao menos entre os grandes estúdios. A adaptação literária “Onde os Fracos Não Têm Vez” (2007), inspirado em romance Cormac McCarthy, venceu o Oscar de melhor filme. O próximo projeto é o drama “Inside Llewyn Davis”, com o cantor e ator Justin Timberlake.
A mostra segue até o dia 23 de agosto, com sessões às 19h. Confira a programação completa.