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Quatro edifícios que contam a história de São Paulo

As “árvores” da selva de pedras não são somente parte do cenário da cidade; os prédios de São Paulo contam histórias

Por Abril Branded Content
18 out 2017, 11h15

Na próxima vez que caminhar pelo Centro de São Paulo ou pela Avenida Paulista, olhe para cima. Talvez você se surpreenda com os detalhes que vai encontrar em alguns dos prédios mais famosos da cidade. Prestar mais atenção nas peças que compõem o cenário urbano também é um jeito de encontrar uma nova conexão com a cidade. É assim em qualquer metrópole do mundo. E o que não falta em São Paulo são obras arquitetônicas incríveis a serem desvendadas.

Com o crescimento da cidade ao longo do século XX, alguns dos edifícios construídos na capital se tornaram marcos da arquitetura paulistana e nacional. Especialmente entre as décadas de 1950 e 1960, alguns expoentes dessa criatividade deixaram sua marca na paisagem por meio de construções que são até hoje reverenciadas e visitadas por pessoas de todo o Brasil e do mundo.

Esse período importante das construções na capital paulistana é o tema do recém-lançado São Paulo nas Alturas, escrito pelo jornalista Raul Juste Lores. No livro, Lores disseca a história e os fatos sobre alguns dos principais prédios da cidade e o contexto em que foram construídos.

De acordo com o autor, em entrevista para a Folha de S. Paulo na ocasião do lançamento do livro, a cidade, com o passar do tempo, perdeu tanto em estética, como também nas funções das construções, que se distanciam da interação com a cidade.

“Temos a avenida Luís Carlos Berrini ou a marginal, onde há inúmeros prédios iguaizinhos, recuados da calçada, não se sabe nem onde é a entrada para pedestres; há andares e andares de escritórios. Onde todas essas pessoas vão almoçar? Isso explica por que São Paulo virou uma cidade tão inviável, para tudo é preciso pegar o carro”, critica o autor do livro.

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Em parceria com o #hellocidades, plataforma de Motorola que incentiva a redescoberta das cidades com o uso consciente da tecnologia, mergulhamos no São Paulo nas Alturas para descobrir mais sobre as “árvores de pedra” e ajudar a estabelecer uma nova relação com o espaço urbano. Aponte a câmera do seu smartphone para o alto e registre os detalhes dos seus prédios preferidos no Centro de São Paulo. Depois, é só compartilhar suas descobertas nas redes sociais usando a hashtag #hellocidades. São Paulo está em hellomoto.com.br!

Copan (Avenida Ipiranga, 200)

Ano de construção: 1951

Histórico: Um dos maiores marcos da arquitetura moderna brasileira, o prédio projetado por Oscar Niemeyer tem 35 andares e é de uso misto: possui algumas lojas e restaurantes no piso térreo, além dos apartamentos residenciais nos andares superiores.

Sua estrutura ondulada evidencia o estilo do arquiteto mineiro, que dizia ser atraído pelas “linhas curvas, sensuais”. O prédio tem esse nome por ter sido financiado inicialmente pela Companhia Pan-Americana de Hotéis, que tinha interesse na obra por essa ser uma homenagem ao quarto centenário da cidade de São Paulo, em 1954.

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Cristiane Guerra mora num apartamento na porção residencial do Copan há cerca de três anos. “É um universo inteiro. Entro e saio do prédio todos os dias e até hoje não posso dizer que conheço ele inteiro”, diz a designer.

Para conhecer: É possível marcar uma visita guiada pelo edifício e ir ao terraço entre segundas e sextas-feiras, de 10h a 15h30. Para isso, é preciso entrar em contato com a administração do prédio pelo telefone (11) 3259-5917.

Edifício Itália (Avenida Ipiranga, 344)

Ano de construção: 1960

Histórico: Sede do Circolo Italiano no Brasil, o prédio, fundamentalmente comercial, abriga uma galeria de arte e um restaurante no seu terraço — o famoso Terraço Itália. A sua construção foi um dos símbolos do crescimento e da ascensão dos imigrantes italianos à classe média paulistana durante o século XX. É vizinho do Copan, podendo ser visto do prédio projetado por Niemeyer.

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Para conhecer: É possível ler um documento com detalhes do projeto do prédio no site oficial do Edifício Itália. As visitas ao Terraço Itália devem ser agendadas pelo site do restaurante.

Galeria do Rock (Avenida São João, 439)

Ano de construção: 1962

“Descoladinha”, Galeria do Rock é um dos grandes centros comerciais da cidade (Eduardo Pelosi/Flickr)

Histórico: Apesar do apelido descolado atual, o nome original da Galeria do Rock é Centro Comercial Grandes Galerias. O edifício, que hoje é ocupado por lojas de roupas e estúdios de tatuagem, foi construído no Largo do Paysandu, centro de São Paulo, próximo aos Edifícios Itália e Copan, para funcionar como um centro comercial dedicado à indústria têxtil.

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No fim da década de 1960, com a construção de grandes shoppings em outras áreas da cidade, a Galeria acabou abraçando outros tipos de comércio, como lojas de discos e de calçados, tornando-se um grande expoente da cultura jovem na cidade, o que permanece até os dias atuais.

“Pra mim, a sensação de estar no prédio é de liberdade. Adorei ver as pessoas se expressando da maneira que querem, sem ligar para o que os outros pensam. Acho que o jeito com o prédio foi construído ajuda. É amplo, aberto, todo mundo vê todo mundo”, diz a administradora mineira Jeane Fonseca, que faz questão de visitar a Galeria do Rock toda vez que visita São Paulo.

Para conhecer: a Galeria fica aberta durante todo o horário comercial, das 9h às 17h. A entrada da Avenida São João permite contemplar a arquitetura moderna do prédio, além de poder organizar o tour melhor, iniciando pelo subsolo.

Edifício Martinelli (Rua São Bento, 405)

Ano de construção: 1922

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Histórico: projetado pelo arquiteto húngaro Vilmos Fillinger, o prédio foi o segundo arranha-céu da América Latina. O nome é uma homenagem ao idealizador do projeto, o empresário ítalo-brasileiro Giuseppe Martinelli.

O edifício é de uso comercial e chegou, devido a sua altura, a abrigar, durante a Revolução de 1932, armamentos e baterias antiaéreas para defender São Paulo das forças do Governo da República.

Imponente, o Edifício Martinelli fica no coração de São Paulo (Andreia Reis/Flickr)

Para conhecer: As visitas tradicionais feitas pela administração duram 15 minutos e começam de hora em hora, a partir das 9h30 até as 15h30. É preciso entrar em contato para confirmar detalhes. Em alguns dias, a atração pode estar fechada. O telefone é (11) 3104-2477.

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