PSDB de São Paulo formaliza apoio a Tarcísio
Evento que oficializou endosso não contou com a presença do presidente estadual da sigla; há uma semana, Rodrigo Garcia anunciou apoio ao candidato
O PSDB de São Paulo formalizou por meio de nota, nesta terça-feira (11), apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos) na eleição para o governo de São Paulo.
Em conversa com jornalistas após o debate da Band na última segunda (10), Tarcísio sugeriu que já esperava um desfecho positivo a seu favor. Entretanto, o apoio foi tímido: o presidente estadual da legenda, Marco Vinholi, não fez um anúncio ao lado de Tarcísio. Ele fez uma reunião com prefeitos tucanos, mas saiu antes do evento que oficializou o endosso.
A nota informa que a decisão do PSDB paulista foi tomada após anuência da maioria dos deputados federais e estaduais da bancada paulista do partido. A executiva estadual ainda sugeriu dez pontos para que o candidato apoiado adote caso seja eleito, entre eles implantar conectividade em 100% do estado, priorizar a competitividade das indústrias do estado, ampliar a rede de assistência às mulheres vítimas de violência, manutenção do Bom Prato, da Rede Lucy Montoro, do Popupatempo e das parcerias entre hospitais públicos com organizações sociais.
O anúncio vem uma semana após o governador Rodrigo Garcia (PSDB) ter endossado, pessoalmente, o candidato do Republicanos no segundo turno, assim como Jair Bolsonaro (PL) na disputa nacional, frustrando expectativas de setores do PT que esperavam apoio a Fernando Haddad e a Luiz Inácio Lula da Silva. Até hoje, o diretório tucano de São Paulo havia silenciado, sem ratificar ou censurar a atitude do atual governador.
A posição de Rodrigo causou reações negativas entre membros do governo estadual e três secretários pediram demissão no dia seguinte. No plano nacional, tucanos históricos, como Aloysio Nunes, Tasso Jereissati e Fernando Henrique Cardoso se posicionaram a favor de Lula.
Além do PSDB, Tarcísio conta com o apoio do MDB, União Brasil, PP e Podemos, siglas que faziam parte da coligação tucana no primeiro turno. Haddad, por sua vez, conseguiu o apoio do Solidariedade e do PDT. Além de dar força política na campanha, essa congruência de forças também pode refletir na governabilidade do próximo mandatário, já que pode aumentar a base de deputados governistas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).